Os princípios verdadeiros podem ser bem diferentes dos nossos ...

Os princípios verdadeiros pelos quais devemos viver podem ser bem divergentes dos que cremos, podendo ser sofismas inventados pelos homens: sombras da verdade ou fragmentos dela.
A identidade do homem é construída por meio de certos contextos sociais, culturais e históricos, porém o Eterno está no contexto da humanidade absolutamente. Quando atinamos com isso, passamos da morte para a vida.
Nesta página poderemos refletir e argumentar, para descobrirmos se estamos vivendo a VERDADE, essa que é absoluta e que não depende de quaisquer pontos de vista.







"Não deixe portas entreabertas. Escancare-as ou bata-as de vez. Pelos vãos, brechas e fendas passam apenas semiventos, meias verdades e muita insensatez."
Cecília Meireles

Vivemos eternamente adquirindo convicções novas e num eterno trabalho de reeducação de nós mesmos.
Mário de Andrade

domingo, 10 de abril de 2011

PERDOAR E SER PERDOADO

Quando não há disposição no coração para a humilhação, pouco, ou nada adianta, jejuarmos e orarmos para que haja restauração nos relacionamentos.
Sem a disposição para o arrependimento, ou seja, com orgulho e presunção, o pedido de perdão do ofensor só servirá para lhe aliviar a consciência e, por conveniência será, cumprindo o protocolo. Dessa maneira, o ofendido perceberá, pois não é ignorante e, o pedido de perdão se tornará uma ofensa ainda maior.
O pedido de perdão deve ser de coração, assim como devemos, também, perdoar de coração. Conforme Jesus ensinou ao ofensor: deixar a oferta no altar para, antes, se reconciliar com seu irmão. E ao ofendido: perdoar de coração. Evangelho de Mateus capítulo 5 versos 23 a 26 e 6 versos 14 e 15.
O amor não pode ser fingido, ou seja, deve ser sem hipocrisia. 
Em Romanos 12:9, o apóstolo Paulo nos mostra uma característica do amor: o amor seja não fingido. Portanto, devemos ser sinceros em tudo. Quando não nutrirmos um amor verdadeiro por alguém devemos nos consertar, mas em hipótese alguma devemos fingir sentir algo. Creio que a falsidade irrita profundamente o nosso Deus e ao próximo.
 O amor sincero nos leva a preferir em honra o próximo: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Rm. 12:10).
 Em Romanos 13:10, lemos que o amor não faz mal ao próximo. De modo que o amor é o cumprimento da lei. Portanto, quem ama deseja o melhor para o próximo;
 Em 1Coríntios13, aprendemos outras características do amor: O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece; o amor jamais acaba.
 Pedro nos admoesta a, de coração, amar-nos ardentemente uns aos outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados. Quem ama, perdoa (I Pedro 1:22; 4:8).
Em 1 Timóteo 1:5, está escrito que o amor procede de um coração puro, de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.
No trato de uns com os outros, cingi-vos de toda a humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes, concede graça.  Primeira carta de Pedro capítulo 5 verso 5.
Para que haja reconciliação, ambos, ofensor e ofendido, devem se humilhar perante a mão de Deus, a fim de que  Ele os exalte a seu tempo (1 Pe. 5:6). Devem orar e jejuar para que Deus derrame amor em seus corações, para que Deus lhes dê coragem para pedir perdão e coragem para perdoar.
A soberba é o defeito do covarde, porém a humildade é a virtude do corajoso.

Sabiamente, Salomão escreveu em seu livro de provérbios:

Como dente quebrado e pé sem firmeza, assim é a confiança no desleal no tempo da angústia. Pv. 25:19.
Quanto ao soberbo e ao presumido, zombador é o seu nome; procede com indignação e arrogância
. Pv. 21:24
O homem perverso levanta a contenda, e o difamador separa os maiores amigos. Pv. 16:28.
O que encobre uma transgressão busca a amizade, mas o que renova a questão separa os maiores
amigos. Pv. 17:9
O irmão ofendido resiste mais que uma fortaleza; suas contendas são ferrolhos de um castelo. Pv.18:19

E na Bíblia na linguagem de hoje:
É mais difícil ganhar de novo a amizade de um amigo ofendido do que conquistar uma fortaleza; as discussões estragam as amizades.


Portanto, para que haja reconciliação, o ingrediente principal é o amor que, consequentemente, se nega em favor do outro. É claro que o jejum do orgulho e a oração do quebrantamento e do arrependimento são ferramentas poderosas na reconciliação e na restauração dos relacionamentos - mudança de mente com inteligência (metanoia & noitikos). Sem  humildade, quebrantamento e arrependimento, será muito mais difícil, ou quase impossível a reconciliação.
Levantar a questão é separar os melhores amigos; lançar a ofensa no fundo mar, esquecer, é o melhor remédio tanto para o ofensor quanto para o ofendido.

3 comentários:

  1. Só a Graça de Deus pode nos ajudar a perdoar o que, muitas vezes, nos parece imperdoável!

    ResponderExcluir
  2. Exatamente: dependemos da graça de Deus. Porém, temos de desejar que o Senhor, com a sua graça, capacite-nos a liberar o perdão. Acontece que há o lado daqueles que se acham tanta coisa, que não conseguem entender que erraram. Pedir perdão, então, nem se fala. Isso é somente para os pobres pecadores! Para aqueles que não são tão espirituais e ainda erram... ou ainda, teimam em não admitir o erro, pois querem cultivar um personagem que não falha!

    ResponderExcluir
  3. Amar incondicionalmente...Perdoar e ser perdoado...Como dói ser ofendido, e dói mais ainda,quando pedimos perdão sem ter cometido a ofensa.DEUS tenha misericórdia da raça humana.

    ResponderExcluir