Os princípios verdadeiros podem ser bem diferentes dos nossos ...

Os princípios verdadeiros pelos quais devemos viver podem ser bem divergentes dos que cremos, podendo ser sofismas inventados pelos homens: sombras da verdade ou fragmentos dela.
A identidade do homem é construída por meio de certos contextos sociais, culturais e históricos, porém o Eterno está no contexto da humanidade absolutamente. Quando atinamos com isso, passamos da morte para a vida.
Nesta página poderemos refletir e argumentar, para descobrirmos se estamos vivendo a VERDADE, essa que é absoluta e que não depende de quaisquer pontos de vista.







"Não deixe portas entreabertas. Escancare-as ou bata-as de vez. Pelos vãos, brechas e fendas passam apenas semiventos, meias verdades e muita insensatez."
Cecília Meireles

Vivemos eternamente adquirindo convicções novas e num eterno trabalho de reeducação de nós mesmos.
Mário de Andrade

terça-feira, 29 de outubro de 2013

A FÁBULA DOS DOIS LEÕES

Pra dar um pouco de risada...

Fábula dos Dois Leões
Stanislaw Ponte Preta
(Sérgio Porto)

Diz que eram dois leões que fugiram do Jardim Zoológico. Na hora da fuga cada um tomou um rumo, para despistar os perseguidores. Um dos leões foi para as matas da Tijuca e outro foi para o centro da cidade. Procuraram os leões de todo jeito mas ninguém encontrou. Tinham sumido, que nem o leite.

Vai daí, depois de uma semana, para surpresa geral, o leão que voltou foi justamente o que fugira para as matas da Tijuca. Voltou magro, faminto e alquebrado. Foi preciso pedir a um deputado do PTB que arranjasse vaga para ele no Jardim Zoológico outra vez, porque ninguém via vantagem em reintegrar um leão tão carcomido assim. E, como deputado do PTB arranja sempre colocação para quem não interessa colocar, o leão foi reconduzido à sua jaula.

Passaram-se oito meses e ninguém mais se lembrava do leão que fugira para o centro da cidade quando, lá um dia, o bruto foi recapturado. Voltou para o Jardim Zoológico gordo, sadio, vendendo saúde. Apresentava aquele ar próspero do Augusto Frederico Schmidt que, para certas coisas, também é leão.

Mal ficaram juntos de novo, o leão que fugira para as florestas da Tijuca disse pro coleguinha: — Puxa, rapaz, como é que você conseguiu ficar na cidade esse tempo todo e ainda voltar com essa saúde? Eu, que fugi para as matas da Tijuca, tive que pedir arrego, porque quase não encontrava o que comer, como é, então, que você... vá, diz como foi.

O outro leão então explicou: — Eu meti os peitos e fui me esconder numa repartição pública. Cada dia eu comia um funcionário e ninguém dava por falta dele.

—  E por que voltou pra cá? Tinham acabado os funcionários?

— Nada disso. O que não acaba no Brasil é funcionário público. É que eu cometi um erro gravíssimo. Comi o diretor, idem um chefe de seção, funcionários diversos, ninguém dava por falta. No dia em que eu comi o cara que servia o cafezinho... me apanharam.

Texto extraído do livro “Primo Altamirando e Elas”, Editora do Autor – Rio de Janeiro, 1961, pág. 153.

O CASO DO CHÁ

Para os amantes de Carlos Drumond de Andrade...
O CASO DO CHÁ
A casa da velha senhora fica na encosta do morro, tão bem situada que ali se aprecia o bairro inteiro, e o mar é uma de suas riquezas visuais. Mas o terreno em volta da casa vive ao abandono. O jardineiro despediu-se há tempos; hortelão, não se encontra nem por milagre. A velha moradora resigna-se a ver crescer a tiririca na propriedade que antes era um brinco. Até cobra começou a passear entre a folhagem, com indolência; é uma cobrinha de nada, mas sempre assusta.
O verdureiro que faz ponto na rua lá embaixo ofereceu-se para matá-la. A boa senhora reluta, mas não pode viver com uma cobra tomando banho de sol junto ao portão, e a bicha é liquidada a pau. Bom rapaz, o verdureiro, cheio de atenções para com os fregueses. Na ocasião, um problema o preocupa: não tem onde guardar à noite a carrocinha de verduras.
 – Ora, o senhor pode guardar aqui em casa. Lugar não falta. – Muito agradecido, mas vai incomodar a madame.
 – Incomoda não, meu filho.
A carrocinha passa a ser recolhida nos fundos do terreno. Todas as manhãs o dono vem retirá-la, trazendo legumes frescos para a gentil senhora. Cobra-lhe menos e até não cobra nada. Bons amigos.
– Madame gosta de chá
– Não posso tomar, me dá dispepsia, me põe nervosa.
– Pois eu sou doido por chá. Mas está tão caro que nem tenho coragem de comprar. Posso fazer um pedido? Quem sabe se a madame, com esse terreno todo sem aproveitar, não me deixa plantar uns pés, pouquinha coisa, só para o meu consumo?
Claro que deixa. Em poucas horas o quintal é capinado, tudo ganha outro aspecto. Mão boa é a desse moço: o que ele planta é viço imediato. A pequenina cultura de chá torna alegre outra vez a terra abandonada. Não faz mal que a plantação se vá estendendo por toda a área. A velha senhora sente prazer em ajudar o bom lavrador. Alegando que precisa fazer exercício, caminhando com cautela pois enxerga mal, ela rega as plantinhas, que lhe agradecem a atenção prosperando rapidamente.
– Madame sabe: minha intenção era colher só uma pequena quantidade. Mas o chá saiu tão bom que os parentes vivem me pedindo um pouco e eu não vou negar a eles. É pena madame não experimentar. Mas não aconselho: se faz mal, não deve mesmo tocar neste chá. O filho da velha senhora chegou da Europa esta noite. Lá, ficou anos estudando. Achou a mãe lépida, bem disposta.
– E eu trabalho, sabe, meu querido? Todos os dias rego a plantação de chá que um moço me pediu licença
para fazer no quintal. Amanhã de manhã você vai ver a beleza que está.
O verdureiro já havia saído com a carrocinha. A senhora estende o braço, mostra com orgulho a lavoura que, pelo esforço em comum, é também um pouco sua. O filho quase caiu duro:
– A senhora está maluca? Isso nunca foi chá, nem aqui nem na Índia. Isso é maconha, mamãe!


domingo, 27 de outubro de 2013

DÉSPOTAS NÃO ESCLARECIDOS

Grande parte dos crentes evangélicos e seus líderes são ignorantes quanto às doenças emocionais, mentais e genéticas. Eles generalizam tudo como se fosse demônio ou opressão.
Não estou querendo afirmar, aqui, que não existam doenças, causadas por opressão ou  que não exista endemoninhamento.
Jesus curou doenças e expulsou demônios, basta ler os evangelhos.
Contudo, existe uma linha doutrinária, chamada de cura e libertação, que ignora o conhecimento científico com seus avanços, prestando um desfavor ao evangelho.
Tenho conhecimento de causa, fiz o tal do “curso de cura e libertação” e fiquei atônita com grau de ignorância tanto dos participantes quanto dos palestrantes. Fui até o fim, para constatar a falta de educação, de ética e de humildade dos chamados “ministros de libertação”.
Dentro desse dito “ministério de libertação” do qual, infelizmente, fiz parte, graças a Deus por pouco tempo, um respeito à hierarquia humana em que se deve passar a autoridade para que alguém ministre o que é ensinado ali.
O curso é apostilado e repleto de orações prontas, tais quais mantras, com encenações em que o ministrante deve se vestir da armadura de Deus do livro de Efésios, capítulo 6, fazendo os gestos: capacete, espada, escudo, e sandálias (Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz;
Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus).
Não dá pra não se sentir ridículo, claro! Porém, já que me dispus a pagar e a fazer o curso, fui até o fim.
O embasamento bíblico: textos fora de contextos e experiências espirituais místicas.
Como gosto muito de estudar, fui estudar psicologia (autodidata).  Comprei vários livros, inclusiva de psiquiatria. Obviamente, conclui que tudo ali não passava de histeria em massa. Salvo algumas exceções.
A linha entre a normalidade e a alucinação é extremamente tênue. Nossas emoções nos enganam e dentro de tanto misticismo, acabei comparando o que presenciei, durante o curso, com um centro espírita “evangélico”. Sem contar que é necessário preencher uma ficha de “aconselhamento” em que devemos confessar todos os nossos pecados desde a infância e os dos nossos familiares – têm de verificar as maldições familiares que carregamos.
Na entrevista, somos untados com óleo de vários aromas - que (lógico) devemos adquirir lá (o e lá é santo), depois de receber o diploma e a autorização para colocar em prática o que aprendemos.
Ninguém pode encostar em ninguém, se não for untado ou ungido (whatever) com o tal óleo milagroso, pois o demônio pode passar de um pra outro. O fundamento disso é um filme com  Denzel Washington chamado, Possessão.
E por aí vai...
O que pretendo ao relatar isso?
Considero importante, sabermos que existem tantos exageros e tanta ignorância no meio evangélico, a fim de que não caiamos em armadilhas e que livremos outros tantos delas; devemos ser simples como as pombas, mas prudentes como as serpentes.
Descobri que essa foi a maneira com que pessoas encontraram para controlar os membros de suas igrejas, pois as ovelhas se dispõem a confessar seus pecados perdoados na cruz, para serem manipulados pelos seus líderes. Elas se expõem, bem intencionadas e ingênuas que são, atraídas pelas promessas de prosperidade ou de cura, assim, seus líderes os fazem de reféns - conhecendo todos os seus erros, preenchidos numa ficha - tornando-se portadores da salvação e do perdão na sessão de libertação – sutileza satânica.
Nesse meio conheci muita gente sincera, entretanto, a grande maioria é mal-intencionada, manipuladora, controladora e arrogante.
Deus usa todos os meios, para nos levar até ele, muitas pessoas são atingidas mesmo por meio desse evangelho distorcido. Ai dos líderes que usam a boa fé dos pequeninos e, mentindo, fazem-nos se afastar da graça para obedecerem a homens que inventam hierarquias e títulos em busca de poder e dinheiro.
Para os ministros de libertação, toda doença, seja ela emocional ou física é demônio ou maldição. Eles superexaltam o poder das trevas, diminuindo o PODER de Deus. Ou não entenderam o evangelho ou se fazem de desentendidos, visando ao benefício próprio, a fim de conseguirem poder ou permanecerem nele e de serem chamados de apóstolos. Nada mudou, desde a Idade Média!

Ventos gelados sopram


sábado, 26 de outubro de 2013

Padecer Tribulações





Quando sofremos por causa de calúnia, maledicência, injúria e injustiça e, quando mancham nossa honra, o sentimento de inadequação e de vergonha é tal, que a saída parece ser, somente, o suicídio. 
Entretanto, e digo ENTRETANTO com letras maiúsculas, se passarmos por isso, pensando que somos dignos de sofrer as aflições de Cristo, então, toda honra, toda glória e todo louvor serão dados a Deus. Regozijaremos sempre e, outra vez, diremos que a alegria do Senhor é a nossa força. 
Traremos à luz filhos na viuvez, nossos filhos nos chamarão de bem-aventuradas e nosso marido companheiro de sofrimento, louvar-nos-á, dizendo que somos superiores a todas por causa do nosso temor ao Senhor!!!
Não desejo àqueles, que me causaram tanto mal, que passem pelo vale, pela depressão e pelo pânico que que enfrentei. Ees foram instrumentos usados, para que eu entendesse (guardada as devidas proporçôes) o que são as aflições de Cristo -  o que é ter amigos desleais, o que é ser traído, o que é ser vendido pelos irmãos (como José), o que é estar sozinho no vale da sombra da morte, o que é estar na prisão do medo. Desejo a esses o melhor que Deus pode proporciionar, eles merecem, pois me fizeram mais parecida com Cristo em seu sofrimento. 
Tive a honra de padecer tribulações por amor a Deus. E, não falo isso porque me acho boa, porque Bom é só aquele que está nos céus; falo isso porque amadureci e vi o bem nascer da dor.
Que recebam a retribuição de quem é Amor : Jesus Cristo!

domingo, 13 de outubro de 2013

Perder para ganhar

O divórcio acontece, quando a intransigência supera o amor. Numa relação em que exista amor, em que não há egoísmo, perdemos para ganhar.
Se aprendermos essa lição, teremos muitos amigos, nosso casamento será duradouro e conquistaremos a admiração dos nossos filhos.

sábado, 12 de outubro de 2013

A banalização do evangelho


Bispo da Igreja Universal entra com carro importado dentro do templo para os fiéis tocarem e prosperarem.


O pior é que usam o nome de Cristo!
Escandalizam e ai daquele por meio do qual vem o escândalo!
Afastam as pessoas da Verdade! Impedem os pequeninos de se aproximarem de Deus.
 Sou totalmente contra pastores que ganham salário. Todos deveriam trabalhar e dar exemplo! Missionários, sim, devem ser sustentados pela igreja. Aqueles que levam a semente gemendo e chorando!
O pior é que os assalariados se acham mais santos do que aqueles que trabalham, fazem diferença entre santo e profano, como se trabalhar, secularmente, fosse algo profano; sendo que é no mundo que temos de ser sal e luz e, não, dentro do comodismo da igreja! Usam seus títulos, para se beneficiarem do dízimo dos órfãos e das viúvas e se colocam acima do bem e do mal. Enriquecem e se justificam, dizendo que estão fazendo a obra de Deus, usando a Palavra de Deus fora de contexto: "o trabalhador é digno de seu salário." Como se trabalhassem... hipócritas!
 Fora a disputa pelo poder, pelo título e pela hierarquia, quando Jesus disse que TODOS somos reis e sacerdotes. Todos nós temos uma função no Reino, ninguém tem título!
Quero distância dessa estrutura maligna, sistema corruptor do verdadeiro evangelho. A Igreja de Cristo é bem diferente disso!
 É por causa do Reino que chegou a nós é que nos reunimos (igreja, assembleia dos santos) e não o contrário. Um clube, que esses patetas dizem, ser o lugar santo e que eles são os representantes de Deus na terra." Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.
Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus.
Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." 
João 4:20-24
 Desculpe a verborragia, mas está entalada na garganta! É claro que existem os que trabalham, mesmo estando dentro do sistema, conhecemos alguns, mas a grande maioria se aproveita da estrutura, para tirar vantagens. Herança medieval...



Crentês

Nada contra, apenas constatando um fato. Pessoas que gostam de ser ou parecer "espirituais" no facebook, desejando Feliz Aniversário: "Amado, meu irmãozinho, que Deus continue te abençoando e fazendo de tua casa um veículo para abençoar, semear e frutificar o Reino. Que teus sonhos sejam todos realizados no Senhor e que tu nunca desistas, pois o Senhor é a tua força. Amamos-te e a tua casa. Maranata, Hosana, Aleluia, Amém!" Linguagem tribal evangeliquês ou crentês, pra mostrar que é evangélico ou crente, ou então, que não consegue mostrar seu lado humano normal pecador e frágil, de tão fechado que é dentro de uma instituição religiosa que os obriga a usar chavões e máscaras para parecerem "santos".