Os princípios verdadeiros podem ser bem diferentes dos nossos ...

Os princípios verdadeiros pelos quais devemos viver podem ser bem divergentes dos que cremos, podendo ser sofismas inventados pelos homens: sombras da verdade ou fragmentos dela.
A identidade do homem é construída por meio de certos contextos sociais, culturais e históricos, porém o Eterno está no contexto da humanidade absolutamente. Quando atinamos com isso, passamos da morte para a vida.
Nesta página poderemos refletir e argumentar, para descobrirmos se estamos vivendo a VERDADE, essa que é absoluta e que não depende de quaisquer pontos de vista.







"Não deixe portas entreabertas. Escancare-as ou bata-as de vez. Pelos vãos, brechas e fendas passam apenas semiventos, meias verdades e muita insensatez."
Cecília Meireles

Vivemos eternamente adquirindo convicções novas e num eterno trabalho de reeducação de nós mesmos.
Mário de Andrade

terça-feira, 31 de maio de 2011

Dois e mais em nome de Cristo



2 ou +

Amei estar com essa parte do corpo de Cristo que se reúne em Moema.

Aqui, não tem pastor, presbítero nem diácono, mas todos servem com muito amor.

De verdade, Jesus está nesse meio.

O amor desses jovens é constrangedor!!!











sábado, 28 de maio de 2011

Duro é esse discurso...



Voltando ao estudo da língua e da linguagem que passa pela história e pela cultura – ou seja, pelos contextos, à análise do discurso.
Analisemos as palavras diabo e satanás. Difícil, não é mesmo? Todos temos pavor dessas palavras. Herança dos antigos que personificavam aquilo que não entendiam e que não conseguiam explicar, tais como os fenômenos da natureza e as atitudes dos homens.
Assim, herdamos dos gregos e dos romanos e, indiretamente, de todos os povos pagãos, já que o conquistado absorvia a cultura do conquistador a cultura dos nossos ancestrais até judeus (cristãos novos), se nossos sobrenomes são lima, oliveira, pereira, maciel (de macieira) etc.
Até hoje é assim, nós, povo colonizado pelos portugueses, invadido pelos franceses e holandeses, debaixo do domínio espanhol por setenta anos por conta dos portugueses. Dominados pelos franceses por conta de Napoleão, pelos africanos por conta do comércio de escravos e, mais tarde, ou concomitantemente, pelos ingleses e americanos por conta do imperialismo inglês e, depois, americano, adquirimos uma cultura mista e esquisita. Sem identidade e muito nova, se compararmos com a Europa e com a Ásia. Uma cultura de 511 anos não é lá essas coisas. E, por fim, se formos descendentes dos índios, então, possuímos cultura milenar.
Somos uma mistura de tudo isso. Sem querer justificar porque somos assim, tão egoístas e em formação (somos bebês que necessitam de disciplina, que necessitam de limites e de educação), mas órfãos desde que foi proclamada a independência e de que foi instaurada a república (não entrando nos meandros de como isso aconteceu, longa história), andamos perdidos por aí, de dar raiva e dó, em busca do Pai.
Bem, feita a digressão, vamos ao que interessa.
Acostumados à personificação, tememos, metonimicamente, tanto o nome quanto a coisa. Ou melhor, tememos saber o que o nome significa por causa da coisa que representa.
A palavra satanás significa adversário, inimigo de Deus. O diabo, vosso adversário, anda ao derredor, buscando a quem possa tragar (1 Pe. 5:8). Caluniando diante de Deus – Jó 1 e 2: 1 a 7 –  e nos nossos pensamentos, ele busca nos destruir.
A palavra diabo significa caluniador, difamador – Rm 1:30  e Tito 2:3 – “diabolós”, é assim que se escreve caluniador em grego.
O melhor exemplo de uma pessoa que se tornou um satanás e um diabo para um amigo foi Judas Iscariotes. Adversário e caluniador, Lc.22:3. Traidor, ladrão e caluniador, vendeu o amigo por dinheiro. Participou de todos os milagres, sinais e maravilhas. Ouviu tudo o que Jesus ensinou, contudo preferiu a fama e o dinheiro. Político, fez uma média com os fariseus e com o sumo-sacerdote.
Quando difamamos ou caluniamos alguém, ou seja, quando falamos mal de uma pessoa quer amiga ou conhecida, e isso é escrito em grego, a palavra usada será “diabolós.
Para Deus, só existe uma língua e uma linguagem. As variações linguísticas, que conhecemos, só existem no planeta terra e entre os homens. Entre os animais, também, não existem, repare o gato ou o cachorro – a transcrição fonética humana para a linguagem dos animais, seja aqui ou na China, será um miado ou um latido: miau ou auau. As mesmas raças possuem a mesma linguagem. Explicação pra isso: árvore do conhecimento do bem e do mal e Torre de Babel (torre da confusão) em que lemos soberba, inimizades, idolatria, disputa de territórios, guerras e assim por diante.
Jesus veio reconciliar todas as coisas e nos deixou o ministério da reconciliação falando a mesma língua e usando a mesma linguagem do Pai:  o AMOR.
Quando cremos, Ele esquece de toda a confusão e nos dá de comer do fruto da vida. Passamos a existir novamente. Saímos da mentira do adversário e entramos na verdade.
Se, por acaso, errarmos, se nos transformarmos em satanás e em diabo, Deus lê o sangue do Cordeiro em nós, porém no momento em que errarmos nos tornaremos em adversário ou diabo. Inimigos ou caluniadores, ou os dois, nos tornamos satanistas. Dessa forma, o perdão é essencial – perdoarmos os nossos devedores assim como o Pai perdoou as nossas dívidas. O perdão é a chave do Reino tanto para o ofendido quanto para o ofensor.
Jesus deu as chaves do Reino para Pedro, olhando olho no olho, ele estava dizendo -  eu perdôo e eu esqueço, entregando a mesma responsabilidade que possuía para ele, seu reino. A conversa de Jesus com Pedro possui um significado muito mais profundo do que podemos imaginar. Pedro, também, foi um satanás e um diabo, um satanista – seguidor de satanás -  quando negou a Jesus. Jesus não o condenou, ele transformou Pedro num aliado (seu primeiro aliado), transformou-o em amigo e em possuir das chaves que permitiriam que entrasse e saísse do aprisco a fim de que muitos pudessem entrar também. A pedra, que os fundadores rejeitaram, passou a incumbência a outra pedra (Cefas).
Só quem esquece de verdade é capaz de confiar a ponto de dar a chave de casa para que uma pessoa, antes inimiga, possa cuidar.

Agora, falando de mim. No dia em que eu voltar a confiar na pessoa (ou nas pessoas) que me traiu, que me caluniou e que me rejeitou (negou), então, sim, aconteceu o perdão de coração, porque a todo momento somos ofendidos. Até lá, continuo tentando, ainda estou varrendo a casa, porque perdi a dracma.  Entretanto, não quero perder a chave da minha casa, sem ela, poderei me tornar adversário e caluniador, personificação daquilo que odeio. Afinal, são setenta vezes sete, as vezes que tenho de perdoar. Um jubileu de perdão e de esquecimento de dívida – Lv. 25: 8 a 10.
Quanta alegria, quanto JÚBILO, quando há arrependimento e esquecimento, devolução e libertação. Aos doutores da "Cura e Libertação", peço licença - Restituição sem modismos.
Aqui fiz uma analogia com a parábola da dracma perdida de Lc 15: 8 a 10, trocando-a  pela chave.  Possuo muitas dracmas, mas a dracma-confiança é essencial; sem ela, todas as outras perdem o valor. Quero achar a chave e tornar a emprestá-la aos mesmos que fizeram com que eu a perdesse, embora  saiba que existam situações que são irreversíveis, pois mesmo tendo a terra de volta, saberei que ela foi cultivada por muitos outros.
Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?E achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida. Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende. 

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A história do Pato


Colaboração de Cristina Garcia para o Blog. Bonita história.


A história do Pato
Havia um pequeno menino que visitava seus avós em sua fazenda  e  lhe foi dado um estilingue para brincar no mato.
Ele praticou na floresta, mas nunca consegui
acertar o alvo.Desanimado, ele voltava para jantar, quando viu o pato de estimação da a e, num impulso, acertou a cabeça do pato e o matou.
Chocadotriste e em pânico, ele escondeu o pato morto na pilha de madeira!
Sally (sua irmã) tinha visto tudo, mas ela não disse nada.
Após o almoço no dia seguinte, a avó disse: "Sally, vamos lavar a louça"
Mas Sally disse: " Vovó, Johnny me disse que queria ajudar na cozinha "
Em seguida, ela sussurrou
 ao ouvido do irmão: "Lembra-se do pato? '
Assim, Johnny lavou os pratos.
Mais tarde naquele dia, 
quando vovô perguntou se as crianças queriam ir pescar, a vovó disse "me desculpe, mas eu preciso de Sally para ajudar a fazer o jantar".
Sally apenas sorriu e disse, "
eu vou porqueJohnny me disse que queria ajudar no jantar". Novamente sussurrou no ouvido do irmão:"lembra-te do pato?"
Então Sally foi pescar e Johnny ficou para ajudar.
Após vários dias de Johnny fazendo o trabalho de Sally, ele finalmente não aguentava mais.
Ele veio com a avó e confessou que tinha matado o pato.
A avó ajoelhou, deu-lhe um abraço e disse:
"Querido, eu sei... 
eu estava na janela e vi a coisa toda, mas porque eu te amo, eu te perdoei. Eu só estava me perguntando quanto tempo você iria deixar Sally fazer de você um escravo."
Pensamento do dia e todos os dias depois:
Qualquer que seja o seu passado, o que você tem feito... O diabo fica jogando no seu rosto (mentir, enganar, a dívida, medo, maus hábitos, ódio, raiva, amargura, etc )... seja o que for... Você precisa saber que:

Deus estava de pé na janela e viu a coisa toda.

Ele viu toda a sua vida ... Ele quer que você saiba que Ele te ama e que você está perdoado. Ele está apenas querendo saber quanto tempo você vai deixar o diabo fazer de você um escravo.
A grande coisa acerca de Deus é que quando você pedir perdão, Ele não só perdoa, mas Ele se esquece.
É pela graça e misericórdia de Deus que somos salvos.
Vá em frente e faça a diferença na vida de alguém hoje.
Compartilhe esta mensagem com um amigo e lembre-se sempre:
Deus está à janela!


quinta-feira, 26 de maio de 2011

UBUNTU

Que lição!
Recebi, via e-mail, de minha amiga muito querida: Márcia.


UBUNTU 
 A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
Ela  contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando  terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.

 Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele  chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.

 As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas   as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.

Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós  poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
 
 Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda  não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?

Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"

Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos...
UBUNTU PARA VOCÊ!
 






Pra descontrair...

Para aqueles que possuem gatos como eu:
Possibilidades para dar comprimido a um gato

Haja criatividade!

01. Pegue o gato e coloque-o em seu braço esquerdo como se estivesse segurando um bebê. Posicione o dedo indicador e o polegar da mão esquerda em cada canto da boca do gato. Pressione levemente para que ele abra a boca. Tão logo isto aconteça, coloque o comprimido em sua boca. Permita que o gato feche a boca e engula a pílula.
02. Pegue a pílula do chão e o gato detrás do sofá.  Encaixe-o no seu braço esquerdo e repita o processo.

03. Apanhe o gato no quarto e jogue fora o comprimido encharcado.

04. Pegue um novo comprimido, coloque o gato em seu braço esquerdo e segure as patas traseiras com a sua mão esquerda. Force-o a abrir a boca e empurre o comprimido até a garganta com o indicador. Feche a sua boca imediatamente e conte até 10 antes de soltá-lo.

05. Apanhe o comprimido de dentro do aquário e o gato de cima do guarda-roupa. Peça ajuda a um amigo.

06. Ajoelhe-se no chão com o gato preso firmemente entre os joelhos, segurando suas quatro patas. Ignore os grunhidos emitidos pelo gato.  Peça ao amigo que segure com força a cabeça dele enquanto você abre a boca. Coloque uma espátula de madeira o mais fundo que puder. Deixe o comprimido escorregar pela espátula e esfregue a garganta vigorosamente.

07. Apanhe o gato que está grudado no trilho da cortina e pegue outro comprimido. Lembre-se de comprar uma nova espátula e remendar a cortina. Cuidadosamente enrole o gato numa toalha de modo que apenas sua cabeça fique de fora. Peça para o amigo mantê-lo assim. Dissolva o comprimido em um pouco de água, abra a boca do gato com o auxílio de um lápis e despeje o líquido  em sua boca.

08. Veja na bula do remédio se ele é nocivo para seres humanos. Beba um pouco de água para se acalmar. Faça um curativo no braço do amigo e limpe o sangue do tapete com água morna e sabão.

09. Busque o gato no vizinho. Pegue um novo comprimido.  Bote o gato dentro do armário da cozinha e feche a porta, mantendo a cabeça do gato para o lado de fora. Abra a boca com o auxílio de uma colher de sobremesa.  Jogue o comprimido para dentro da boca com o auxílio de um estilingue.

10. Vá até a garagem e apanhe uma chave de fenda para colocar a porta do armário no lugar. Coloque uma compressa fria nos arranhões do seu rosto e cheque quando tomou pela última vez a vacina antitetânica. Jogue a camiseta fora e apanhe outra em seu quarto.

11. Chame o corpo de bombeiros para apanhar o gato do alto da árvore do outro lado da rua. Peça desculpas ao vizinho que se machucou tentando desviar-se do gato. Pegue o último comprimido do frasco.

12. Amarre as patas dianteiras nas traseiras com uma corda do varal e prenda o gato no pé da mesa de jantar. Coloque luvas de jardinagem.  Abra a boca do gato com uma pequena chave inglesa. Coloque o comprimido seguido de um pedaço de filé mignon. Segure a cabeça dele na vertical e derrame meio copo d'água para ajudá-lo a engolir o comprimido.

13. Peça ao seu amigo para levá-lo ao pronto socorro mais próximo. Sente-se tranqüilamente enquanto o médico sutura seus dedos e braços e  remove partes do comprimido que ficaram encravadas no seu olho direito. Pare na primeira loja de móveis no caminho de casa e encomende uma nova mesa de jantar.

14. Procure um veterinário que faça atendimento a domicílio.

(Autor desconhecido. Enviada por Rui M. Dunley - Rio de Janeiro/RJ)

terça-feira, 24 de maio de 2011

Stained glass mascarade


Verdade que ninguém tem coragem de assumir: todos falhamos, mas temos medo de mostrar nossas fraquezas dentro de um lugar em que a maioria se acha "perfeito", ou seja sem defeitos. Entretanto, a palavra perfeito, etimologicamente, significa termidado, consumado - só pra Deus tudo está consumado. Jesus exclamou - está "perfectum" - feito por meio de; pleno; completo, consumado, consolidado.
Sede vós, pois perfeitos como perfeito é vosso Pai celeste. Mt. 5:48. Aqui nesse mundo, jamais seremos sem defeitos, mas perfeitos pela fé em Cristo aos olhos do Pai.
Efésios 4:7 a 16 - ... desempenhando cada um o seu serviço para a edificação do corpo de Cristo, logo não são cinco ministérios, como querem alguns, porque ministério é serviço tal qual diaconia (...) seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda a junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua seu próprio aumento para a edificação de sim mesmo. 
Paulo citou alguns exemplos de serviço, mas uma elite,  que se acha espiritual e sem defeitos, afirma que são só cinco, deixando toda uma multidão de servos de fora.
Esses deveriam descer do pedestal e reconhecer que possuem tantas falhas quanto nós reles mortais.
Que tal se estudassem um pouquinho mais a língua do país onde nasceram. É, concordo com você: não lhes convém descobrir que estão errados e que o dicionário é um livro muito grosso e pesado - nos dois sentidos.
Se dissermos que não temos pecado (erros, defeitos, erros de alvo) nenhum, a nós mesmos nos enganamos e a verdade não está em nós. (...) Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso e a sua palavra não está em nós. 1 carta de João 1: 6 a 10
Para que possamos manter comunhão uns com os outros, temos de andar na luz, ou seja, temos de ser humildes o suficiente para reconhecermos que não somos nada. Dessa maneira, então, consideraremos os outros superiores nós mesmos. Não mais teremos vergonha de confessarmos nossas falhas (pecados), isso será tão natural quanto respirar, andar e comer.
É o primeiro passo para a unidade entre os irmãos. Tão óbvio, mas tão difícil porque esbarra na nossa soberba e orgulho. Não seria esse, o pecado original?

Igreja de Cristo que se reúne em Portugal- cidade de Braga

Que povo amoroso!!! Lindos... Amei.
Como é bom saber que existem muitos irmãos em Cristo espalhados pela Terra. Desde o Nepal, passando por Portugal e chegando ao Brasil, existe um remanescente comprometido com o Reino de Deus.












Ulisses pregando

Passeio com os pastores



Igreja do Bom Jesus no alto da Cidade de Braga





Desci e depois subi todos os degraus, só pra captar o momento... quase morri rsrs....

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Samba de uma nota só


Pode parecer que estou “cantando um samba de uma nota só” ou que já se transformou em transtorno obsessivo compulsivo, esse assunto. Todavia, é a pauta do momento e acho que será pelo tempo que for necessário, até que eu sinta ou perceba que algo está mudando.
 Entendo, também, que alguns podem se ofender pela generalização. A esses peço desculpas, porém continuo a questão.
Alguns já sabem, mas me propus a estudar grego bíblico e história a fim de conhecer o contexto social e linguístico dos tempos do Novo Testamento. Nem de longe sou mestre ou doutora no assunto, apesar de ser mestre em Linguística e Análise do Discurso, mais precisamente, em Comunicação e Letras.
 Para analisarmos qualquer texto, o ponto de partida e o de chegada é o próprio texto. Inferências ou interpretações fora do contexto sócio, histórico e cultural não são permitidas obviamente. De tão obvio, que seja, não é isso que encontramos por aí.
Analisar poemas e narrativas seculares, ou seja, não bíblicas, parece ser muito mais fácil, pois o místico e o religioso se tornam carregados de subjetividade com nome de revelação. Não afirmo, aqui, que não exista a revelação, entretanto entrar nesse campo pode ser muito perigoso, já que a linha entre a revelação verdadeira e a manipulação da interpretação poderá ser muito tênue, isto é, a separação entre a loucura e a sanidade. A interpretação subjetiva, aquela que é manipulada e tendenciosa, seria mais conveniente para o poder de um indivíduo e/ou para o de uma comunidade religiosa. Essa é a elitista, que só cabe a uns, deixando os seres humanos normais de fora.
Toda interpretação, melhor dizendo, toda a compreensão de um texto, ou seja, toda análise do discurso, deve concorrer para a edificação do corpo de Cristo e a escritura não pode ser de particular interpretação de um sujeito ou de uma comunidade, porque, se assim for, estará fundada mais uma religião ou seita. Deixará de ser o discurso de Cristo e do Seu Reino. A própria Bíblia nos alerta a não fazermos isso de muitas maneiras, figurativa ou literalmente.
 Interpretar uma profecia depende de revelação, contudo, deve-se considerar o contexto em que ela foi dada, a quem foi direcionada, em que momento histórico ela foi registrada e, quem a registrou, para que seja legítima. Se não houver coerências interna e externa não poderá ser considerada. Se a análise textual não coincidir com o contexto a que pertence quer social ou histórico, além do seu cumprimento, não será tida como verdadeira.
Cruzando-se os dados reais com a revelação e seu, consequente, cumprimento, poderá ou deverá ser aceita. Se assim não for, ela, nada mais nada menos, será considerada ficção ou alucinação. O que Deus chama de “visões de sua própria cabeça”. Sabemos o que Ele pensa a esse respeito, ou não sabemos? Será que somos ignorantes quanto a isso?
Não possuo dúvidas quanto ao Cânon, quanto à legitimidade dos livros da Bíblia. Minha consideração é a respeito das interpretações distorcidas que tenho lido e ouvido.
É claro que existam erros ao se registrar fatos ou profecias, mas isso era evitado quando os textos eram ditados e copiados por vários escribas e copistas, além de Deus ter preservado Seu Texto à maneira dele, seja nos manuscritos do Mar Morto seja evitando que fossem queimados junto com as bibliotecas da antiguidade. De uma forma ou de outra chegaram até nós por causa de Sua bondade. Plano dele.
Ao compararmos o Cânon com outros textos “menos sagrados”, ficamos atônitos com a veracidade da Bíblia, das profecias, dos evangelhos, das cartas dos apóstolos, do Pentateuco, e da história do povo judeu e árabe. Se não somos judeus, descendentes de Isaque e Jacó, ou árabes, descendentes de Ismael, ou seja, de Abraão por ambos os lados; somos descendentes dos gregos e romanos, ou gentios, de acordo com as palavras de Paulo, o apóstolo. Todavia, somos todos descendentes de Abraão pela fé no único Deus verdadeiro e no Seu Filho, cujo dia Abraão, também, viu. A promessa lhe foi dada por ter ele obedecido à ordem de Deus, saindo da Caldeia em direção a Canaã, recusando o politeísmo, abraçou a fé no Deus pessoal que o chamava de amigo.
Somos filhos da promessa que Deus fez ao povo que Ele mesmo separou e orientou por meio dos mandamentos recebidos por Moisés e que, também, ele mesmo pré-destinou (predestinou) para a salvação em Jesus Cristo antes da fundação do mundo. Antes que todas as coisas existissem, texto narrado por João, o discípulo amado, Deus destinou o homem à salvação por causa do Seu Amor – porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para que todo aquele que nele crer não pereça, não permaneça morto, mas receba a vida eterna.
Feita essa introdução, vou ao ponto, que é a exposição de como o homem distorce a palavra escrita que Deus nos deixou e de como as palavras perdem o significado ao longo dos séculos quer por desuso quer por conveniência do nosso adversário que mente desde o princípio.
Marcos 7: 1 a 16
 E ajuntaram-se a ele os fariseus, e alguns dos escribas que tinham vindo de Jerusalém.
 E, vendo que alguns dos seus discípulos comiam pão com as mãos impuras, isto é, por lavar, os repreendiam.
 Porque os fariseus, e todos os judeus, conservando a tradição dos antigos, não comem sem lavar as mãos muitas vezes;
 E, quando voltam do mercado, se não se lavarem, não comem. E muitas outras coisas há que receberam para observar, como lavar os copos, e os jarros, e os vasos de metal e as camas.
 Depois, perguntaram-lhe os fariseus e os escribas: Por que não andam os teus discípulos conforme a tradição dos antigos, mas comem o pão com as mãos por lavar?
 E ele, respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, Mas o seu coração está longe de mim;
 Em vão, porém, me honram, Ensinando doutrinas que são mandamentos de homens.
 Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens; como o lavar dos jarros e dos copos; e fazeis muitas outras coisas semelhantes a estas.
 E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição.
 Porque Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e, quem maldisser, ou o pai ou a mãe, certamente morrerá.
 Vós, porém, dizeis: Se um homem disser ao pai ou à mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta ao Senhor;
 Nada mais lhe deixais fazer por seu pai ou por sua mãe,
 Invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas.
 E, chamando outra vez a multidão, disse-lhes: Ouvi-me vós, todos, e compreendei.
 Nada há, fora do homem, que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai dele isso é que contamina o homem.
 Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.

Nessa passagem do evangelho de Marcos, Jesus enfatiza que os fariseus colocam a tradição deles acima da palavra de Deus, ou seja, eles confundem a tradição com o mandamento de Deus e o invalidam. Interpretaram tanto, que distorceram. A revelação de Deus que seria para o bem deles e do próximo, tornou-se tradição e mandamento humano, doutrinas vazias, sem amor, rituais repletos de misticismo: mitos.
Sem entrar no mérito da análise do texto de Marcos, pois essa já existe em compêndios teológicos e não estou aqui para isso, meu objetivo é constatar que, se não tomarmos cuidado, cairemos no mesmo erro. O que sai de nós, o que entendemos e o que pregamos é que contamina o homem. Erros de interpretação ou tradições eclesiásticas podem nos afastar da verdade, do verdadeiro significado do texto. Para que não haja erros ou inferências, Jesus nos deixou o Espírito Santo.
Podemos errar por compreendermos o texto literalmente, sem a sabedoria e a revelação dadas pelo Espírito, por cegueira por causa da tradição, por medo de quebrarmos paradigmas anticristãos tão cristalizados que se tornaram verdades inquestionáveis ou, finalmente, por conveniência com a finalidade de justificarmos a tendência ao pecado ou a nossa incredulidade.
No caso da interpretação da palavra igreja, por exemplo, por sinal, poucas vezes usadas por Jesus, quanta distorção!
Etimologicamente, seu significado é assembleia, no sentido de reunião política ou para esclarecimentos jurídicos. Não era, na época de Jesus, usada no sentido de reunião religiosa. Para esse tipo de reunião era usada a palavra sinagoga.  A sinagoga não era o templo – na época, sendo reformado por Herodes; o templo foi o local de onde Jesus expulsou os mercadores de ofertas e que foi destruído no ano 70 dC.
Existiam muitas sinagogas ou locais de reunião religiosa no tempo de Jesus.
Voltemos à palavra igreja. Jesus a utilizou nas narrativas de Mateus 18:17, (...) se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano; e de Mateus 16:18, Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Jesus enfatizava o Reino de Deus, tanto, que só fez referência à igreja, duas vezes. Talvez, se quisesse enfatizar reunião religiosa, fizesse referência à sinagoga. No caso de Mateus 18, seu objetivo era solucionar uma questão de caráter pessoal, haja vista, o contexto e a solução.
Vejamos Mateus 16 - Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus. Então mandou aos seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era Jesus o Cristo.
Jesus resolveria a questão com Pedro depois da ressurreição e lhe daria as chaves do Reino, pois foi nessa hora que lhe foi revelado que Ele era o salvador ungido, o messias esperado. Pedro o negaria três vezes, porque Satanás o iria tentar, mas não prevaleceria e Pedro seria o primeiro a ser usado por Jesus.
 Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo!  Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos.  Ele, porém, respondeu: Senhor, estou pronto a ir contigo, tanto para a prisão como para a morte. Mas Jesus lhe disse: Afirmo-te, Pedro, que, hoje, três vezes negarás que me conheces, antes que o galo cante. Lucas 22:31-34
Pedro foi o primeiro a se converter para depois fortalecer os irmãos. O livro de Atos dos Apóstolos confirma isso – capítulos 2,3 e 4.
Assim, Jesus se referindo à assembleia ou ekklesia (igreja) – que era a principal assembleia popular da democracia ateniense na Grécia Antiga, aberta a todos os cidadãos homens com mais de dezoito anos. Criada por Sólon em 594 a.C.. Todas as classes de cidadãos podiam participar dela. A Eclésia abria suas portas para todos os cidadãos para que se nomeassem e votassem magistrados (indiretamente votando para o Areópago) e estrategos, para que se tivesse a decisão final acerca de legislação, guerra e paz; e para que os magistrados respondessem por seus anos no cargo. No século V a.C.. havia 43 000 pessoas participando da Eclésia. Originalmente, encontrava-se uma vez a cada mês, mas, mais tarde, reunia-se três ou quatro vezes por mês. Os assuntos eram estabelecidos pelo Bulé. Os votos eram contados pelas mãos.
Ou, etimologicamente, Ecclesia, uma palavra latina, que quer dizer "igreja", atualmente, mas que significou, originalmente, "curral" ou "abrigo de ovelhas". Trata-se de uma palavra muito difundida no Cristianismo, em que os fiéis são chamados de "ovelhas", que são cuidadas pelos "pastores". O conjunto dos cristãos que se reúne regularmente em uma igreja também é chamado de igreja, assim como o total dos cristãos de uma mesma seita.
Antônio Houaiss, no seu dicionário, diz da palavra "Igreja", no sentido mais espiritual que material: gr. ekklésía, como "assembléia por convocação, assembleia do povo ou dos guerreiros, assembleia dos Anfitriões, assembléia de fiéis, lugar de reunião ou de uma assembleia, igreja", pelo lat. ecclésìa,ae "assembléia, reunião, ajuntamento dos primeiros cristãos, a comunhão cristã, igreja, templo", desde cedo com "i" - inicial, embora sofra influência eclesiástica semi-erudita. Na mudança do -cl- intervocálico pelo -gr-; cumpre ter em conta a posição ante-tônica e inicial da vogal -i-, que, em toda a cognação, nunca foi ou é tônica (cf. idade e cog.); lembre-se que a grafia egreja, no séc. XVIII, decorre de tendência, às vezes equivocada, de imitar o latim em todas as palavras grafadas com "e" pronunciado "i"; ver eclesi(o); filologia histórica: séc. XIII igreja, séc. XIII egreja, séc. XIII ygreja, séc. XVIII egreja.
Entretanto, o que encontramos, hoje, igreja, pode significar tudo, menos abrigo.
Significa:
1.     Templo;
2.     Local de reunião para bater o ponto aos domingos;
3.     Templo de adoração ao deus da fertilidade (ou prosperidade) com a desculpa para enriquecer os donos, desculpe, os líderes;
4.     Teatro com palco em que só alguns atores podem fazer uso dele e, claro,  público em que os reles mortais só podem acenar positivamente com a cabeça, dizendo amém;
5.     Clube com atividades para todas as idades que promovem chás beneficentes para preencher agendas com nome de evangelismo e shows para entretenimento; campeonatos esportivos e almoços de “comunhão”; retiros e acampamentos para que os membros permaneçam guardados do carnaval ou das comemorações seculares;
6.     Empresa para gerar emprego para os, profissionalmente, frustrados que receberam um “chamado ao tempo integral na obra”. Nem todos, mas alguns.
7.     Lugar de lamentações, de queixas, de pedidos, de barganha;
8.     Qualquer significado, exceto abrigo ou aprisco. Acrescente, aqui, o que não foi mencionado.

A que Jesus se referiu nessas duas vezes?

Pedro abriria o curral a fim de que as ovelhas entrassem – João 21: 15 a 23. Jesus deu a ordem a Pedro três vezes – apascenta minhas ovelhas, pastoreie! Ele daria continuidade ao ministério de Jesus com os judeus e Paulo cuidaria dos gentios e Jesus, ainda, avisaria a Pedro que a salvação é para todos – Atos 10: 9 a 16
Penso que, depois da análise de sentido e etimológica, dentro dos contextos,  Jesus desejava que, dentro de seu Reino, as pessoas encontrassem abrigo uns nos outros e um lar que recebesse os cansados das lutas lá de fora. Um lugar em que pudessem comungar em nome dEle, porque adorar e buscar, ler e conversar com o Pai, nosso Deus, deveria ou deve, creio eu, ser vinte e quatro horas por dia. Assim, quando as pessoas se encontrassem, automaticamente, haveria salmos, cânticos, profecia, palavra, exortação, oração, intercessão. Pessoas que fossem pastoreadas num lugar em que o inferno ficasse de fora, que não prevalecesse, ou seja, que o amor fosse o de 1 Coríntios 13, não fingido, que saísse da superficialidade.
No caso de Mateus 18, Jesus ensinou que dentro do abrigo não poderia haver contenda. Tudo deveria ser resolvido lá dentro e, somente, se não houvesse arrependimento, depois de se ter conversado separadamente, com testemunhas e com todos, que tal pessoa deveria ser tratada como pagã. Deixaria o abrigo.
No caso de Mateus 16, Jesus nos revela que Pedro daria continuidade ao Seu ministério, ou seja, traria as ovelhas para o aprisco, João 10: 1 a 18. Observe que Ele não chamou Pedro para dar instruções de como queria que fosse a Igreja, apenas pediu para que ele pastoreasse o rebanho.
A Igreja de Cristo é uma só e está espalhada sobre a terra. Ela deve ser una para que o mundo creia.
Jesus não deixou modelo de reunião ou  modelo daquilo que, hoje, chamam de igreja. O templo foi destruído, só restou o Muro das Lamentações.
Por que será que Deus não permitiu que o templo permanecesse?
Os judeus se reúnem nas sinagogas, os muçulmanos nas mesquitas e os cristãos, de toda a sorte, nas igrejas-templo. Todos esses adoram a um único deus, isto é, são monoteístas que seguem a Torá, o Alcorão e a Bíblia respectivamente. Eles se baseiam nos ensinos do Velho Testamento, nas tradições a que me referi no começo. Mas será que entrarão no Reino?
Encerro essa análise com uma pergunta: você já encontrou o seu aprisco?

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O leão e o ratinho


O leão e o ratinho
Fábula de Esopo


Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado debaixo da sombra boa de uma árvore.
Vieram uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou.
Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu debaixo da pata.
Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de esmagá-lo e deixou que fosse embora.
Algum tempo depois o leão ficou preso na rede de uns caçadores.
Não conseguindo se soltar, fazia a floresta inteira tremer com seus urros de raiva.
Nisso apareceu o ratinho, e com seus dentes afiados roeu as cordas e soltou o leão.
Moral: Uma boa ação ganha outra ou 
Os pequenos amigos podem se revelar os melhores aliados.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

AS ÁRVORES E A OLIVEIRA


AS ÁRVORES E A OLIVEIRA

Fábula atribuída  a Esopo que, na verdade, encontra-se no livro de Juízes capítulo 9



Um dia, as árvores acharam-se no dever de escolher uma rainha e elegeram a oliveira:

- Sê nossa rainha.

Mas a oliveira respondeu:

- Vou ter de renunciar ao azeite que homens e deuses celebram em mim para ir chefiar as árvores?

As árvores foram então à figueira, mas esta respondeu:

- Vou ter que renunciar à minha doçura, ao meu fruto suculento, para ir chefiar as árvores?

As árvores foram então ao pé de carrapicho e ele respondeu:

- Se vocês me sagraram rei, ponham-se sob a minha tutela. Se não for assim, que de mim saia uma espécie de fogo capaz de devorar os cedros do Líbano.



Moral: Quem não governa é governado.



Juízes 9 - E Abimeleque, filho de Jerubaal, foi a Siquém, aos irmãos de sua mãe, e falou-lhes e a toda a geração da casa do pai de sua mãe, dizendo:

 Falai, peço-vos, aos ouvidos de todos os cidadãos de Siquém: Qual é melhor para vós, que setenta homens, todos os filhos de Jerubaal, dominem sobre vós, ou que um homem sobre vós domine? Lembrai-vos também de que sou osso vosso e carne vossa.

 Então os irmãos de sua mãe falaram acerca dele perante os ouvidos de todos os cidadãos de Siquém todas aquelas palavras; e o coração deles se inclinou a seguir Abimeleque, porque disseram: É nosso irmão.

 E deram-lhe setenta peças de prata, da casa de Baal-Berite; e com elas alugou Abimeleque uns homens ociosos e levianos, que o seguiram.

 E veio à casa de seu pai, a Ofra e matou a seus irmãos, os filhos de Jerubaal, setenta homens, sobre uma pedra. Porém Jotão, filho menor de Jerubaal, ficou, porque se tinha escondido.

 Então se ajuntaram todos os cidadãos de Siquém, e toda a casa de Milo; e foram, e constituíram a Abimeleque rei, junto ao carvalho alto que está perto de Siquém.

 E, dizendo-o a Jotão, foi e pôs-se no cume do monte de Gerizim, e levantou a sua voz, e clamou e disse-lhes: Ouvi-me, cidadãos de Siquém, e Deus vos ouvirá a vós;

 Foram uma vez as árvores a ungir para si um rei, e disseram à oliveira: Reina tu sobre nós.

 Porém a oliveira lhes disse: Deixaria eu a minha gordura, que Deus e os homens em mim prezam, e iria pairar sobre as árvores?

 Então disseram as árvores à figueira: Vem tu, e reina sobre nós.

 Porém a figueira lhes disse: Deixaria eu a minha doçura, o meu bom fruto, e iria pairar sobre as árvores?

 Então disseram as árvores à videira: Vem tu, e reina sobre nós.

 Porém a videira lhes disse: Deixaria eu o meu mosto, que alegra a Deus e aos homens, e iria pairar sobre as árvores?

 Então todas as árvores disseram ao espinheiro: Vem tu, e reina sobre nós.

 E disse o espinheiro às árvores: Se, na verdade, me ungis por rei sobre vós, vinde, e confiai-vos debaixo da minha sombra; mas, se não, saia fogo do espinheiro que consuma os cedros do Líbano.

 Agora, pois, se é que em verdade e sinceridade agistes, fazendo rei a Abimeleque, e se bem fizestes para com Jerubaal e para com a sua casa, e se com ele usastes conforme ao merecimento das suas mãos

 (Porque meu pai pelejou por vós, e desprezou a sua vida, e vos livrou da mão dos midianitas;

 Porém vós hoje vos levantastes contra a casa de meu pai, e matastes a seus filhos, setenta homens, sobre uma pedra; e a Abimeleque, filho da sua serva, fizestes reinar sobre os cidadãos de Siquém, porque é vosso irmão);

 Pois, se em verdade e sinceridade usastes com Jerubaal e com a sua casa hoje, alegrai-vos com Abimeleque, e também ele se alegre convosco.

 Mas, se não, saia fogo de Abimeleque, e consuma aos cidadãos de Siquém, e a casa de Milo; e saia fogo dos cidadãos de Siquém, e da casa de Milo, que consuma a Abimeleque.

domingo, 15 de maio de 2011

Diferença entre Espiritual e Religioso Místico


Diferença entre Espiritual e Religioso Místico

Tem muita gente por aí que se acha muito espiritual, mas que não passa de um religioso místico, metido e arrogante.

Orar vinte e quatro horas de joelhos, jejuar quarenta dias, repetir versículos bíblicos, conhecer a Bíblia de cor, ser o teólogo da atualidade, dar dízimos e ofertas, ser a estrela do louvor e da adoração, profetizar, ter visões, possuir dons de curar e de expulsar demônios não faz de ninguém um ser espiritual ou que faz a vontade de Deus.

          Pode-se ter e fazer tudo isso e ser chamado por Deus de “praticantes da iniquidade”. Pode-se fazer e falar em nome de Deus e, jamais, ser conhecido por Ele, consequentemente, nunca conhecer a Deus.

          Tudo isso pode fazer de você um místico religioso incrédulo (até crédulo) ou um teólogo ateu crente, evangélico ou não.

Um ser espiritual é bem diferente. O ser espiritual é aquele que é cheio do Espírito Santo, é aquele que possui a mente de Cristo. É aquele que foi e continua imerso na sabedoria e na revelação, é a mais humilde das pessoas porque sabe, porque é convicto de que não sabe nada ao se deparar com a sabedoria de Deus. Descobriu o sentido da obra de Cristo na encarnação e morte de cruz, é aquele que atinou que não pode se gloriar em nada, pois as obras humanas não são suficientes para salvar a própria alma.

Quando se descobre que nada, absolutamente, nada tem valor para Deus a não ser a fé no Filho e na obra do Filho, pede-se fé desesperadamente. Clama-se para que Deus acrescente mais fé, mais fé e mais fé. Clama-se por sabedoria e revelação para que se acrescente mais esperança na ressureição e na tranformação para a vida eterna.

Acho que, quando houver uma pontinha dessa experiência com o Espírito Santo, ao se perceber o quão ínfima é a sabedoria humana contrastada com a de Deus, cairemos de joelhos e nos humilharemos. Choraremos de vergonha por causa da nossa arrogância. E, quanto mais chorarmos, por reconhecermos nossa ignorância, mais Deus nos visitará e mais se apresentará a nós. Quando percebermos que o corpo carnal nos atrapalhe e que nossos pensamentos carnais nos impeçam de ver a Deus, então, sim, clamaremos como Paulo “quem me livrará do corpo dessa morte?”. Assim, sentiremos prazer ao irmos para a cruz, o mundo perderá todo e qualquer sentido. Nossa única vontade será voltar para a presença de Deus.

Logo, descobriremos que o corpo e seus prazeres efêmeros nos atrapalham, tornam-se ruídos, nos impedindo de ouvir a voz de Deus e de conhecermos Sua sabedoria. Não que não possamos ter prazer nessa vida, contudo eles serão infinitamente menores do que estarmos na presença de Deus. Isso é ser espiritual, é ser cheio do Espírito Santo, é andar na carne e não ser dominado por ela.

É muito difícil encontrarmos pessoas espirituais porque elas não aparecem, elas obedecem a Deus, fazem Sua vontade, entretanto só ficamos sabendo quem elas são por seus frutos, pois elas se transformam em “lendas”, são missionários, donos de orfanatos, voluntários em hospitais, pais, filhos e professores que inspiram; um vizinho, um amigo ou uma amiga; um colega de classe: esse alguém anônimo que faz diferença em nossas vidas porque estão cheios de esperança e as repartem conosco.

 Esses que, sabiamente, nos exortam, mas que não se acham sábios; esses que repartem suas vidas conosco sem falarem um versículo bíblico sequer, porém que dão seus ombros, desinteressadamente, para que choremos; que nos protegem e que nos defendem, até mesmo, sem saberem se estamos certos ou errados, os verdadeiros próximos, os amigos mais chegados do que irmãos que nascem na angústia e que não necessitam de orar por nós, ou conosco, porque suas vidas são orações vivas por causa do amor por Deus.

O mundo carece de pessoas espirituais e simples, que pensem como Deus pensa, pois está repleto de religiosos místicos, carnais e arrogantes, nos canais da TV e nos templos, nos congressos e nas conferências, nos livros e nos sites virtuais. Está repleto de gente que confunda espiritual com místico religioso; de gente que despreze o próximo porque quer se tornar mais famoso e perfeito do que Jesus Cristo; de gente que nunca soube e que não conhece o significado de ser espiritual, pois o que é nascido da carne, é carne e o que é nascido do Espírito, é espírito e o Espírito assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.

O que é nascido do Espírito não possui vontade própria, mas descansa na vontade de Deus. Ele tem sua mente renovada para pensar como Deus pensa e experimenta a boa, agradável e perfeita vontade dEle. Ele deixa de ser para que Cristo seja nele, o mesmo que andava e que comia com publicanos e com pecadores, que não tinha onde reclinar a cabeça, porque estava ocupado demais, obedecendo ao Pai e pregando as boas novas de outro reino.

Não é nada disso que temos presenciado e visto no meio, dito, evangélico ou católico – todos amoldados aos padrões do mundo: sucesso, fama, hierarquia, títulos, casas, carros, viagens, dinheiro na Bíblia, na meia, na cueca; papado, bispado, igrejas forradas de ouro, imponentes; templos de Salomão, palcos, shows e daí por diante. Todos muito ocupados e se achando os mais “espirituais” dos “espirituais”, inatingíveis.

Espírito é pensamento, é mente, é maneira de pensar. Espírito Santo é pensamento de Deus, é mente separada do pensamento carnal e humano. Não é palpável, não pode ser visto, mas pode ser ouvido e compreendido por aqueles que nasceram de novo. É o que nos desperta para a dimensão divina. É o Pensamento que transforma o nosso pensamento e que nos torna novos seres, criados em verdadeira justiça e santidade.

As obras dos seres espirituais são consequência, são frutos que permanecem e que não necessitam de público para aplaudir, podendo até, ser de pessoas que tenham passado, despercebida e humildemente, por nós, porém que nos marcaram para a vida eterna. Podem, mesmo, parecer que são fracassados ou hereges, aqueles que morreram na arena como mártires, comidos por feras, que foram queimados na fogueira, apedrejados ou degolados, entretanto, muitos deles nos abriram espaço para que pudéssemos possuir Bíblias em todos os formatos e línguas e que nos conquistaram a liberdade para que cultuemos ao único Deus verdadeiro no local que escolhermos.

Os seres espirituais são humildes, serviçais, bondosos, amigos, próximos, caridosos, pacientes, benignos, corajosos, pacificadores, cheios de fé, equilibrados, justos e verdadeiros.

Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Gálatas 5:22. Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade e justiça e verdade.  Efésios 5:9

A escolha é nossa. Podemos ser espirituais, possuirmos a mente de Cristo, ou  sermos religiosos e místicos.