Os princípios verdadeiros podem ser bem diferentes dos nossos ...

Os princípios verdadeiros pelos quais devemos viver podem ser bem divergentes dos que cremos, podendo ser sofismas inventados pelos homens: sombras da verdade ou fragmentos dela.
A identidade do homem é construída por meio de certos contextos sociais, culturais e históricos, porém o Eterno está no contexto da humanidade absolutamente. Quando atinamos com isso, passamos da morte para a vida.
Nesta página poderemos refletir e argumentar, para descobrirmos se estamos vivendo a VERDADE, essa que é absoluta e que não depende de quaisquer pontos de vista.







"Não deixe portas entreabertas. Escancare-as ou bata-as de vez. Pelos vãos, brechas e fendas passam apenas semiventos, meias verdades e muita insensatez."
Cecília Meireles

Vivemos eternamente adquirindo convicções novas e num eterno trabalho de reeducação de nós mesmos.
Mário de Andrade

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O QUE É UM MINISTRO?


O que é um Ministro?
Pesquisado em http://www.ntrf.org/portuguese/ministro.php em 06 de maio de 2011

by Jon Zens

Eu tenho tratado com profundo interesse de assuntos relacionados com a igreja de Cristo desde 1972. Algum deles ficaram gravados na minha mente e eu desejo compartilhá-los com você, na esperança de que, assim, um diálogo relevante e sérias pesquisas nas Escrituras possam acontecer. Nada temos a temer, olhando juntos a Palavra de Deus.

O fardo principal no meu coração, que eu desejo expressar e desenvolver, é o seguinte: o ministério da igreja como um todo continuará a ser deficiente enquanto durar a separação entre “ministro” e a visão de liderança pelos anciãos, como definida no Novo Testamento e enquanto persistir a divisão funcional do povo de Deus entre “ordenados” (clero) e “não chamados” (leigos).

Anciãos ao invés de “Ministros”

O Novo Testamento apenas reconhece “santos, bispos e diáconos” (Filipenses 1:1). “Bispos”, “pastores” e “anciãos” são palavras que se referem ao mesmo corpo de homens (Atos 20:17 e 28). A supervisão da igreja é concebida como um corpo de anciãos (I Timóteo 5:17 e Tiago 5:14). Porém, o tradicional “chamado” do pastor separou seu “ofício” da liderança pelos anciãos em virtualmente todos os aspectos. Pelos padrões do Novo Testamento, laos (povo) e kleron (clero, herança) são palavras que se referem a todos do povo de Deus. Conseqüentemente, anciãos e diáconos são parte do todo “leigo/clerical”, não separados nem superiores a esse todo. “Muitas denominações se afastaram desse padrão, distinguindo pastores de anciãos. A prática mais comum faz do pastor um empregado de tempo integral da igreja, enquanto os anciãos são leigos que funcionam como um corpo de diretores” (James Stahr, Interest, abril 1984, pág. 2).

No modelo protestante tradicional, o pastor tem um “chamado” que o ancião não tem; o pastor é treinado diferentemente do ancião; o pastor é ordenado de forma diferente do ancião; o pastor vem de fora do corpo, enquanto que o ancião vem de dentro; o pastor pode liderar outra igreja, enquanto o ancião é residente; o pastor pode usar “Rev.” antes do nome, mas o ancião não; o pastor é pago para atender a várias funções, mas o ancião não; textos que são dirigidos a todo o corpo de anciãos são aplicados ao “ministro” somente; o pastor pode ocupar o púlpito enquanto o ancião raramente (ou nunca) pode fazê-lo e, finalmente, é o pastor quem determina a ordem do culto. É interessante que a maneira protestante tradicional de fazer as coisas imita mais um modelo religioso não evangélico (com padres e doutores em encantamentos), do que o padrão simples do Novo Testamento.

A Mudança do Ministério Coletivo dos Anciãos para o dos “Ministros”

Não importa qual a área das verdades da igreja eu estude, parece que a principal fonte dos problemas, de um modo ou de outro, aponta sempre para a separação do “pastor” da administração pelos anciãos. O mais frustrante para mim é que, ainda que as maiores autoridades em estudos bíblicos e na história da igreja sejam unânimes na conclusão básica de que “a condução ética por pessoa recentemente convertida ao Cristianismo... foi oferecida primeiramente por um multiforme ministério de graça, refletido no Novo Testamento, mas com o passar do tempo, a autoridade moral foi crescentemente centralizada em um ministério ordenado de bispos e diáconos”. Aqueles que levam essa perspectiva a sério são rotulados de “desnorteados”, “inseguros” e “perigosos”. (A citação é de G. W. Forell, in History of Christian Ethics, vol. 1, 1979, pág. 39, cf. “One God, One Bishop: The Politics of Monotheism”, The Gnostic Gospels, Elaine Pages, 1981, págs. 33-56).

Considerando que, no Novo Testamento somos confrontados com o “poliforme ministério da graça”, não deveríamos nos perguntar se é válida ou não, essa mudança de foco, do ministério coletivo dos anciãos, para o dos “ministros”, ocorrida aceleradamente em tempos pós-apostólicos? Julgando por nossas práticas, damos mais importância à tradição pós-apostólica do que ao ensino direto dos apóstolos. (Conforme Judy Schindler, in “The Rise of One Bishop Rule in the Early Chrurch”, ST, Summer , 1981, págs. 3-9).

Poderia o verdadeiro “clero” colocar-se de pé?

Se levarmos o Novo Testamento a sério, qualquer coisa que promova as tradicionais categorias “clero/laicato” deve ser evitada. Estarão aqueles que do “pastorado” desejando renunciar ao título de ”Reverendo” junto ao seu nome? (Conforme David Foster, “Call No Man Tecaher, Father, Rabbi... or Pastor?”, Journal of Pastorate Care, Jay Adams, editor). Toda a mística que cerca o “pastor” precisa ser cotejada com a declaração de Cristo aos apóstolos: “vocês todos são irmãos”. Fazer distinções não bíblicas entre nós mesmos resulta em algumas horrorosas tradições, como demonstra a ilustração seguinte: “era, sem dúvida, com a garantia da reverência com a qual estava acostumado a ser habitualmente saudado, que (John) Smalley todo sábado fazia saber à sua congregação o momento de sua chegada, para que os membros importantes se pusessem de pé e lhe fizessem reverências, enquanto ele caminhava pelo corredor entre os bancos” (Mary l. Gambrell, Ministerial Training in 18th Century New England, págs. 113-114). Talvez não reproduzamos essa reverência em particular, mas o espírito dessa ilustração é ainda repetido em nossos dias de mil maneiras diferentes.

Pregando nas ruas ou no “Santuário”?

Agregada à instituição do “pastor”, está a tarefa central de pregar. H. M. Carson afirma que a pregação “é o meio principal pelo qual o povo de Deus é edificado na fé” (Hallelujah! Christian Worship, pág. 72). Parece, porém, que a “pregação” no Novo Testamento era uma atividade que era exercida fora das reuniões das igrejas (conforme Stuart Olyott, “What Is Evangelism?”, Banner of Truth, July/August, 1969, págs 1ff.; C.E. Dawson, “The Evangelicals”, Gospel Tidings, Set., 1982, pág. 247). A igreja precisa devotar-se ao ensino apostólico. Na assembléia, os anciãos habitualmente podem ser a coluna mestra dessa instrução. Mas, equiparar o reino da palavra de Cristo na igreja, com o ministério de púlpito do “pastor”, não pode ser sustentado pelo Novo Testamento. Seria maravilhoso para aqueles dotados do dom de pregar, que pregassem “fora” como o fez George Whitefield. É preciso que nos lembremos que toda argumentação pelo “centralismo da pregação” é suspeita: ele se originou num período em que o comparecimento à igreja era obrigatório.

“O corpo não é um só membro, mas muitos”

Um dos mais perniciosos resultados resultantes da separação do “pastor” dos anciãos foi o descuido do corpo como um todo. Quando se propõe que “todo o peso da ordem, das regras e da edificação da igreja repouse sobre o ‘pastor’, como o puritano John Owen sugeriu, não resta maneira de que seja dada atenção a ‘todo o corpo’”, como é a perspectiva de Efésios 4:16. J. I. Parker claramente admite que a discussão puritana sobre dons “foi dominada por seu interesse no ministério ordenado... dificilmente se levantaram questões sobre diferentes dons em outras pessoas” (The Puritans and Spiritual Gifts”, 1967, Westminster Papers, pág. 15).

Onde será a próxima conferência para ministros?

A situação do “ministro” separado dos anciãos coloca uma enorme pressão sobre as pessoas com dons, as quais muitas vezes não a suportarão. Artigos de Christianity Today ilustra o óbvio: “Quantos chapéus seu pastor usa?” “Divórcio do clero respinga pra dentro dos corredores”, ”Quem aconselha aos ministros quando eles têm problemas?. Desde que os pastores estão sempre “se dando” e em razão de as igrejas locais serem incapazes e não equipadas para ministrar a eles, estes precisam freqüentar periodicamente conferências assistidas por outros com a mesma síndrome. Em razão do Novo Testamento ignorar o que sejam “escritórios pastorais” como tradicionalmente concebidos, não é de surpreender que aqueles que neles se encontrem sintam que “se queimam” tentando atingir suas expectativas. Problemas que surgem na vida, como crises nervosas, suicídio, divórcios, desajustes familiares e infidelidade conjugal são especialmente altos entre o clero. Uma pesquisa recente da organização Focus On The Family revelou que 1.800 pastores deixam o ministério por mês nos Estados Unidos, dentre todas as denominações. O que estamos esperando para acordar e entendermos que “há algo de podre no reino da Dinamarca?”.

Ministério: de púlpito ou poliforme?

A instituição pastoral tem sido, provavelmente, o fator mais influente na forma que os serviços da igreja assumem (conf. Hezekiah Harvey, The Pastor, 1879 [Backus Books, 1982], págs. 27-28), Nas primeiras assembléias nada se sabia sobre o que fosse um “púlpito”. Há uma situação paralela para muita gente que simplesmente assume que os apóstolos tiveram “chamados do altar” no primeiro século. Scholarship of all traditions reconhece que no Novo Testamento nos defrontamos com uma informalidade estruturada. Eis alguns exemplos que poderíamos dar:

• 1 Coríntios 14:26-36 “nos dá um panorama da igreja primitiva no culto. Ele aparentemente continha um misto de flexibilidade espontânea e tradicional formalidade herdada da sinagoga. A participação da congregação é sugerida pelas palavras (de 14:26) (William Baird, 1 Cor./2 Cor., 1980, pág. 59).

• Nos dias de Paulo o culto era mais aberto do que nos dias de hoje (Leonard J. Coppes, Are Five Points Enough?, pág. 182).

• Os exemplos que temos de congregações adorando no Novo Testamento mostram participantes ativos (Herbert Carson, Hallelujah!, pág. 29).

Surgem então algumas perguntas importantes: à luz de nossa confissão de que o Novo Testamento é o nosso guia, porque nossos cultos são inteiramente diferentes daqueles revelados nas Escrituras? É correto que seja eliminada a participação, como forma de manter o “centralismo da pregação?”. Por quais razões esses cultos interativos, que eram edificantes e bons para a igreja primitiva, seriam hoje “perigosos”para nós? Está o Espírito de Deus nos informando, no Novo Testamento ou estamos pressupondo que esta inspirada informação não é mais relevante?

Um argumento freqüentemente apresentado é o de que 1 Coríntios 14 é a “versão antiga” e que foi modificada pela “revelação posterior”. Porém, esse raciocínio é falso, por várias razões. Primeiro, o que existe na “revelação posterior” que contradiz 1 Coríntios 14? Segundo, Hebreus é a “revelação posterior”, contudo contém a mesma ênfase encontrada em Coríntios: “exortem uns aos outros diariamente... não deixem de congregar... animem uns aos outros”. Terceiro, Tiago é “posterior”, embora alguns comentaristas vejam 1:19 como referência à adoração livre e não estruturada das primeiras assembléias cristãs (Curtis Vaughn, James: A Study Guide, pág. 35; conf. Earl Kelly, James: A Primer for Christian Living, pág.69).

Se formos honestos, temos que confessar que a tradição do púlpito é um forte obstáculo que bloqueia a obediência de uns para com os outros, dimensão de vida participativa encontrada no Novo Testamento. David Thomas (em 1898!) resumiu muito bem a situação: A igreja cristã, em assembléia, poderia ter vários oradores dirigindo-se a ela, na mesma ocasião... se isso fosse da seguinte maneira:

1. O ensino cristão pode ser considerado uma profissão? Agora, ele é: homens são descobertos, treinados e vivem dele, como fazem os arquitetos, advogados, médicos...

2. É a igreja cristã justificada ao centrar sua atenção no ministério de um só homem? Nas maioria das congregações modernas existem alguns homens que, por habilidade natural, por conhecimento experimental e inspiração, estão muito mais qualificados a instruir e fortalecer o rebanho do que o ministro profissional e oficial. Definitivamente, a pregação oficial não tem autoridade, seja nas Escrituras, na razão ou na experiência e deve ter um fim, mais cedo ou mais tarde. Todo homem cristão deveria ser um pregador. A meia hora destinada à mensagem em cada culto deveria ser ocupada por três ou quatro homens, cristãos maduros... com capacidade de expressão. Isso não só seria muito mais interessante, mas também muito mais produtivo do que é hoje (“1 Corinthians”, The Pulpit Commentary, pág.459).

Mas... e o cheque do pagamento?

As pessoas no ministério podem se sentir ameaçadas pelos papéis dos anciãos no Novo Testamento. As justificativas tradicionais para manutenção do pastorado não têm respaldo nas Escrituras e são baseadas em textos mal interpretados. Porém, 1 Timóteo 5:17-18 indica que a congregação é livre para ajudar a qualquer de seus anciãos, se tiver condições para isso. Assim como nos demais aspectos ligados ao “pastorado”, o sustento precisa ser usado no contexto de anciãos e não em conexão com um suposto “escritório pastoral” (conf. Ronald Hock, The Social Context of Paul’s Ministry: Tentmakin & Apostleship, Fortress, 1980). Ajuda financeira não deve ser motivo para que os anciãos sirvam ao rebanho; a assembléia é livre para ajudar aos anciãos; os anciãos são livres para trabalhar com suas próprias mãos (1 Pedro 5:2; 1 Timóteo 5:17; Atos 20:34-35).

Onde essas peças se encaixam?

Se o “pastor” é uma engrenagem tão importante no ministério da igreja, então porque é tão difícil validar essa função no Novo Testamento? John H. Yoder objetivamente oferece essa informação: “O que se conclui mais evidentemente é que no NT faltam dois cargos que são característicos da moderna Cristandade: o ‘pastor’, no conceito de um ministro profissional liderando a congregação e o ‘bispo’, como um ministro com autoridade sobre várias congregações. Esses dois termos eram originalmente intercambiáveis com ‘ancião’, todos se referindo a um de vários homens que partilhavam a liderança em um conselho local. Henri d’Espines, professor na Universidade de Genebra, a mesma de Calvino, chegou a idêntica conclusão e se atreveu a afirmar que a visão do escritório pastoral é antibíblica, que ‘este estado de associações é deplorável’ e que ‘a restauração do pastorado coletivo, exercido por um genuíno conselho de anciãos, é uma das condições primordiais para o avivamento espiritual de que tanto necessitam nossas igrejas’. Mais uma vez, vemos a Reforma Bíblica em sua melhor aparição a favor da autoridade das Escrituras sobre a igreja” [Biblicism and the Church],” Concern # 2, 1955, pág 45).

Você está vendo alguma luz?

Se você está ou esteve no “clero”, e estiver chegando à conclusão de que esta posição originou-se em tradições antibíblicas, eis aqui alguns passos práticos que você deve dar:

o Pare de usar “Reverendo” e outros títulos em conexão com seu nome (e encoraje as pessoas que o cercam a pararem de usar linguagem que denote distinção entre “clero” e “leigos”;

o Renuncie à sua posição “clerical” e veja-se como parte do laos de Deus que tem manifestações do Espírito, junto com todos os outros, para o bem de todo o corpo (1 Cor. 12:7);

o Ensine o corpo que seu cargo “clerical” e todas suas expectativas estão baseados em tradições humanas e não nos Evangelhos;

o Instrua aos irmãos que todos os aspectos do cuidado de uns para com os outros repousam no corpo e não em alguma elite espiritual;

o Dê passos concretos para descentralizar a função de seus dons no corpo;

o Comece uma nova metodologia de busca da verdade, diferente da colher do “clero” alimentando aos “leigos”; estudem juntos os assuntos importantes da Palavra com a visão voltada para o encontro da vontade de Cristo e ajam de acordo com ela;

o Adote um estilo de ensino onde exista o diálogo e todos sejam motivados a perguntarem e a comentarem as respostas;

o À medida que o corpo muda concretamente na forma com a qual “a igreja” é construída, a ênfase muda da dependência em uma pessoa a edificá-la, para a participação múltipla nessa tarefa;

o Seu sustento financeiro como funcionário do clero é um assunto difícil de ser tratado, mas precisa ser avaliado criativamente à luz das Escrituras. Apesar de todas as circunstâncias específicas do seu caso, se isso ajuda a assembléia a desenvolver seu ministério de ajudar-se uns aos outros, você pelo menos precisa seguir o exemplo de Paulo: “Vós mesmos sabeis que estas mãos proveram as minhas necessidades (fazendo tendas) e as dos que estavam comigo. Em tudo vos dei o exemplo de que assim trabalhando, é necessário socorrer os enfermos” (Atos 20:33-35). Quando o ministério começa a ser repartido entre o corpo, este toma o peso que estava sobre apenas uma pessoa e liberta a congregação para decidir como seus recursos financeiros podem ser maximizados para edificação e para atender às necessidades das pessoas.

O ”clero”, enquanto sistema, é um polvo gigantesco. Seus tentáculos mergulham fundo no âmago da mecânica de quase todos os grupos religiosos. Nem todas as pessoas do “clero” levam o Novo Testamento a sério, mas aqueles que o fazem precisam indicar o caminho, pelo seu exemplo pessoal, para a mudança do paradigma que reflita melhor a vida de uma assembléia que tenha a Cristo como centro. Pessoas que mudam do tradicional modelo “clerical” para a fidelidade a Cristo pagam um alto preço, mas as recompensas espirituais estão acima de quaisquer descrições. A verdade é que, permanecer em um sistema decaído e que causou a ruína de muitas pessoas é um preço incorreto a pagar. Por que você pensa que 1.800 pessoas, por mês, só nos Estados Unidos, estão abandonando o cargo de “ministro”?

“Cremos que a Bíblia é nossa regra infalível de fé e de prática”

Muitas igrejas adotam essa confissão, mas elas realmente tomam o Novo Testamento seriamente o bastante para a avaliação de suas práticas à luz dela? Esse credo torna-se vazio se não for respaldado por uma hermenêutica honesta e por sincera obediência. Estou cansado de ouvir pregadores gritarem: “se não pudermos encontrar algo na Bíblia, não podemos crer nisso nem fazer o que é mandado”. As Escrituras não apóiam nenhum conjunto de coisas que sejam “inquestionáveis” nas igrejas, porém os “pastores”.

e aqueles sentados no tablado do púlpito se enfurecem se as vacas sagradas são desafiadas.

Estou submetendo meu conhecimento da Bíblia ao corpo de Cristo. Se você crê que estou errado, por favor, aponte-me isso na Bíblia. Se, por outro lado, trouxe à baila coisas sobre as quais vale a pena refletir, então peço que prossigamos avante, enfrentando as implicações inevitáveis. Você está desejoso de gerar produtos (das Escrituras) para justificar o status quo, ou se predispõe a mudar seus pensamentos e práticas, à luz da Palavra?

Jon Zens é o editor de Searching Together (“Buscando Juntos”), uma revista trimestral, desde 1978 e dirige uma livraria evangélica em Taylors Falls, no estado de Minnesota, nos Estados Unidos. Ele é um dos anciãos de uma igreja domiciliar na fronteira Minnesota/Wisconsin. Jon teve sua formação teológica no Covenant College (1968), no Westminster Theological Seminary (1972) e na California Graduate School of Tehology (1983) e pastoreou várias igrejas batistas. Ele e sua esposa Dotty têm três filhos adultos e quatro netos.

Tradução de Otto Amaral

Se você fala português e deseja algum esclarecimento acerca do artigo acima ou quer fazer algum comentário sobre o mesmo, entre em contato com Otto Amaral no Brasil, pelo e-mail: ottoamaral@uol.com.br

Eis abaixo alguns livros (todos em inglês), que ajudaram ao autor nas áreas discutidas acima:

Campenhausen, Hans von. Ecclesiastical Authority & Spiritual Power in the Church of the First Three Centuries, Stanford Univ. Press, 1969.

Davies, J.G. The Early Christian Church, Baker, 1981.

Goppelt, Leonhard. Apostolic & Post-Apostolic Times, Baker, 1980.

Grudem, Wayne. The Gift of Prophecy in 1 Corinthians. Univ Press of America , 1982.

Hanson, Anthony. The Pioneer Ministry: The Relation of Church & Ministry. Westminster , 1961.

Lindsay, Thomas M. The Church & the Ministry in the Early Centuries. James Family Pub., 1977.

Niebuhr, H. Richard. The Ministry in Historical Perspectives, Harper & Row, 1983.

Warkentin, Marjorie. Ordination: A Biblical-Historical View. Eerdmans, 1982.


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