Os princípios verdadeiros podem ser bem diferentes dos nossos ...

Os princípios verdadeiros pelos quais devemos viver podem ser bem divergentes dos que cremos, podendo ser sofismas inventados pelos homens: sombras da verdade ou fragmentos dela.
A identidade do homem é construída por meio de certos contextos sociais, culturais e históricos, porém o Eterno está no contexto da humanidade absolutamente. Quando atinamos com isso, passamos da morte para a vida.
Nesta página poderemos refletir e argumentar, para descobrirmos se estamos vivendo a VERDADE, essa que é absoluta e que não depende de quaisquer pontos de vista.







"Não deixe portas entreabertas. Escancare-as ou bata-as de vez. Pelos vãos, brechas e fendas passam apenas semiventos, meias verdades e muita insensatez."
Cecília Meireles

Vivemos eternamente adquirindo convicções novas e num eterno trabalho de reeducação de nós mesmos.
Mário de Andrade

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Quando todos os recursos falham

Última devocional de David Wilkerson postada no site de seu ministério, 27 de abril, quando o Senhor levou esse servo para si, falecido num acidente de carro.
Mas como ele mesmo escreveu nessa devocional: “Verás que tudo era parte de meu plano. Não foi um acidente”
O Senhor seja louvado!
Crer quando todos os recursos fracassam agrada muitíssimo a Deus e é altamente aceito por ele. Jesus disse a Tomé “Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.” João 20:29
Bem aventurados os que crêem quando não existe evidência de uma resposta a sua oração. Bem aventurados aqueles que confiam mais além da esperança quando todos os meios fracassaram.
Alguém chegou a um lugar de desespero, ao final da esperança e ao término de todo recurso. Um ser querido enfrenta a morte, e os médicos não dão esperança. A morte parece inevitável. A esperança se foi. Orou pelo milagre, porem, esse não aconteceu.
É nesse momento quando as legiões de Satanás se dirigem a atacar sua mente com medo, ira e perguntas opressivas como “Onde está teu Deus? Você orou até não lhe restaram lágrimas, jejuou, permaneceu nas promessas e confiou” Pensamentos blasfemos penetraram em sua mente: “A oração falhou, a fé falhou. Não vou abandonar a Deus, porem não confiarei Nele nunca mais. Não vale a pena!” Até mesmo perguntas sobre a existência de Deus acometem sua mente!
Tudo isso foi dispositivos que Satanás empregou durante séculos. Alguns dos homens e mulheres mais piedosos de todas as eras viveram tais ataques demoníacos.
Para aqueles que passam pelo vale da sombra da morte, ouçam essas palavras: O pranto durará algumas tenebrosas e terríveis noites, mas em meio a essa escuridão logo se ouvirá o sussurro do Pai: “Eu estou contigo. Nesse momento não posso lhe dizer por que, mas um dia tudo terá sentido. Verás que tudo era parte de meu plano. Não foi um acidente. Não foi um fracasso da tua parte. Agarre-se com força. Deixe Eu te abraçar nessa hora de dor”
Amado, Deus nunca deixou de atuar em bondade e amor. Quando todos os recursos falham, Seu amor prevalece: Aferre-se a sua fé. Permaneça firme em Sua Palavra. Não há outra esperança nesse mundo.
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Tradução: Armando Marcos

Poesia concreta



Análise do poema concreto:
O estudo sobre Deus pode nos levar ao evangelho, porém pode nos aprisionar, também, em teorias, transformar-se em discurso e produzir soberba. A teologia contém o evangelho, tipograficamente, correto.
O evanvelho, que é a mensagem do Reino, transforma em obras a teologia, ou seja, o conhecimento de Deus pela vida  prática, transmitida com humildade. O evangelho é iconoclasta.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Registrado está

Meu desejo sincero para 2012 é que a igreja deixe de olhar para dentro, que levante os olhos e que enxergue a multidão de necessitados que se encontra fora dela. Que deixe o conforto dos "cultos" e das atividades internas. Que não se preocupe com a arrecadação dos dízimos e das ofertas e com o número de membros. Que deixe de lado os cursos e as assembleias pastorais e suas discussões intermináveis a respeito do modelo e da doutrina.

Desejo que cada membro dependa de Cristo e que leia a Bíblia e que ore sozinho, recebendo a revelação diretamente do Mestre e que use todas as ferramentas que já recebeu, colocando em prática a fé que diz ter e que, acima de tudo, aprenda a se relacionar com os "diferentes", deixando de lado os pronomes de tratamento: amado (a) e irmã (o), pastor (a), apóstolo (a), que os torna tão superficiais quanto é a liturgia de domingo.

Desejo que cada um cumpra sua função no Reino para que as reuniões, quando acontecerem, sejam o refúgio, o alimento e o altar dos testemunhos para que animem e reanimem uns aos outros com um salmo ou uma palavra de instrução, uma revelação ou uma interpretação, a fim de tornarem a sair.

Desejo que a igreja volte a ser consequência e não causa. Que deixe de ser templo e que volte a ser abrigo. Que deixe de ser um fim em si mesmo, para voltar a salgar e a iluminar onde quer que esteja.

O resto é Silêncio


Interessante:

 A pós-modernidade tem produzido um efeito esquisito no "cristianismo". Vem confundindo a ideia de trabalhar para o Reino cujo Rei é Cristo, pregando as boas novas do Reino, com a ideia de possuir um cargo ou um ministério dentro da igreja ou de uma tribo, como se ela fosse um clube fechado que os protegesse do mundo. Daí, surgem os modismos, tais como bandas gospel, sertanejos gospel, baladas gospel e daí pra pior. É o amolda-se aos padrões do mundo, usando as palavras gospel, adoração, louvor e outras do dialeto crentês, como desculpa para satisfazerem seus desejos.

O que seria, então, adoração? Verdadeiros adoradores que adoram em Espírito (com inteligência vinda do alto) e em Verdade (sem hipocrisia, sabendo bem o que estão cantando, sem quererem glória, poder ou dinheiro para si mesmos; conhecedores da Verdade que liberta do sistema que rege o mundo)?

Seriam os cantores de bandas evangélicas famosas?

Seriam os ministros de louvor?

Seriam os promotores de shows gospel?

Seriam os produtores de CDs?

Respondam:

Existe alguma diferença entre um show gospel com dança e um show qualquer com dançarinas? E aquele povo todo berrando? Estão adorando a Deus ou são manipulados, emocionalmente, com promessas que se igualam às mesmas dos livros de autoajuda?  

Por que existe um palco na igreja? Por que os cantores e músicos fazem caretas? Quem o público aplaude?

Termino citando Shakespeare em Hamlet: Há algo de podre no reino da Dinamarca (quem lê entenda)...

Ser ou não ser (gospel), eis a questão...

Há mais coisas entre o céu e a terra, Horácio, do que sonha nossa vã filosofia...

O resto é Silêncio...

Verdadeiros profetas

A igreja suspira por homens que se consideram sacrificáveis na batalha da alma, homens que não podem ser amedrontados pelas ameaças de morte, porque já morreram para as seduções deste mundo. Tais homens estarão livres das compulsões que controlam os homens mais fracos. Não serão forçados a fazer as coisas pelo constrangimento das circunstâncias; sua única compulsão virá do íntimo e do alto.
Esse tipo de liberdade é necessária, se queremos ter novamente, em nossos púlpitos, pregadores cheios de poder, ao invés de mascotes. Esses homens livres servirão a Deus e à humanidade através de motivações elevadas demais, para serem compreendidas pelo grande número de religiosos que hoje entram e saem do santuário. Esse homens jamais tomarão decisões motivados pelo medo, não seguirão nenhum caminho impulsionados pelo desejo de agradar, não ministrarão por causa de condições financeiras, jamais realizarão qualquer ato religioso por simples costume; nem permitirão a si mesmos serem influenciados pelo amor à publicidade ou pelo desejo por boa reputação.
Muito do que a igreja faz em nossos dias, ela o faz porque tem medo de não fazê-lo. Associações de pastores atiram-se em projetos motivados apenas pelo temor de não se envolverem em tais projetos. Sempre que o seu reconhecimento motivado pelo medo (do tipo que observa o que os outros dizem e fazem) os conduz a crer no que o mundo espera que eles façam, eles o farão na próxima segunda-feira pela manhã, com toda a espécie de zelo ostentoso e demonstração de piedade. A influência constrangedora da opinião pública é quem chama esses profetas, não a voz de Jeová.
A verdadeira igreja jamais sondou as expectativas públicas, antes de se atirar em suas iniciativas. Seus líderes ouviram da parte de Deus e avançaram totalmente independentes do apoio popular ou da falta deste apoio. Eles sabiam que era vontade de Deus e o fizeram, e o povo os seguiu (às vezes em triunfo, porém mais freqüentemente com insultos e perseguição pública); e a recompensa de tais líderes foi a satisfação de estarem certos em um mundo errado.

A W Tozer

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A solidão do cristão

O santo tem de andar só

A. W. TOZER

A solidão do cristão resulta do fato de ele andar com Deus num mundo que não quer nada com Deus, um andar que o leva forçosamente para longe do companheirismo do mundo não regenerado. Seus instintos, recebidos de Deus, clamam pela companhia dos outros da sua espécie, outros que possam entender os seus anseios, as suas aspirações, a sua absorção no amor de Cristo; e porque em seu círculo de amigos há tão poucos que compartem suas experiências interiores, ele é forçado a andar só. O homem que chegou à Presença Divina numa real experiência interior não encontrará muitos que o entendam.

O homem verdadeiramente espiritual é na verdade esquisito. Ele não vive para si, mas, para promover os interesses do outro. Procura persuadir o povo a dar tudo ao Senhor, e não pede nenhuma parte, nenhuma porção para si mesmo. Deleita-se em não receber honra, mas em ver o seu Salvador glorificado aos olhos dos homens. Sua alegria é ver o seu Senhor ser o objeto de promoção e ele próprio ser esquecido. Encontra poucos que cuidam de falar daquilo que constitui o supremo objeto do seu interesse, pelo que muitas vezes fica em silêncio e preocupado no meio do ruidoso bate-papo religioso. Por isso ele ganha a reputação de ser maçante e sério demais, e assim é evitado, e o abismo entre ele e a sociedade se alarga. Procura amigos em cujas vidas possa detectar o mais profundo desejo de santidade diante do Senhor, e encontrando poucos, ou nenhum, guarda isto em seu coração.

É esta verdadeira solidão que o lança de volta a Deus. “Se meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me acolherá” (Sl 27:10). Sua impossibilidade de encontrar companheirismo humano leva-o a encontrar em Deus o que não consegue em nenhuma parte. Na solidão interior aprende o que não poderia aprender em meio à multidão – que Cristo é tudo em todos, que Ele foi feito para nós sabedoria, justiça, santificação e redenção, que Nele temos e possuímos o Grande Tesouro da Vida, Cristo em nós a esperança da Glória (Col. 1:26).

A fraqueza de tantos cristãos modernos consiste em que se sentem demasiamente à vontade no mundo. Em seu esforço para conseguir repousante “ajustamento” à sociedade não regenerada, perderam seu caráter de peregrinos e se tornaram parte essencial da mesma ordem moral contra o qual fomos enviados a protestar. O mundo os reconhece e os aceita pelo que eles são. E esta é a coisa mais triste que se pode dizer deles. Não são solitários, mas também não são santos.

Os mais puros santos, são aqueles dos quais, muitas vezes, a ruidosa igreja menos ouve. A vida piedosa não é mais considerada importante, a não ser quanto aos muito velhos ou aos mais que mortos. As almas pias são abafadas no turbilhão das atividades religiosas. Os ruidosos e auto-afirmativos, os divertidos são procurados e recompensados de todos os modos, com presentes, multidões, oferendas e publicidade. Os que se assemelham a Cristo, os que se esquecem de si mesmos, os que vivem como se já estivessem no mundo por vir são empurrados para um lado para darem lugar ao último farrista convertido, geralmente não convertido muito bem e tendo muito ainda de farrista. Toda filosofia de vista curta, que ignora as qualidades eternas e dá valor as trivialidades, é uma forma de incredulidade. Os “cristãos” que encarnam essa filosofia anseiam pela recompensa atual; são impacientes demais para esperar o tempo do Senhor. Não subsistirão no dia em que Cristo fizer conhecido o segredo do coração de todos os homens e recompensar cada um de acordo com as suas obras. O verdadeiro santo enxerga mais de longe, dá pouca importância aos valores transitórios; com os olhos postos no futuro, aguarda anelante o dia em que as realidades eternas virão aos que lhes fazem jus, e se verá que a vida santa é tudo que importa.

Estranho quanto for, as almas mais santas que já viveram ganharam a reputação de pessimistas. Sua sorridente indiferença para com as atrações do mundo e sua firme resistência às tentações que elas exercem têm sido mal compreendidas por pensadores superficiais e atribuídas a um espírito anti-social e à falta de amor à humanidade. O que o mundo não foi capaz de ver é que esses homens contemplavam uma cidade invisível, andavam dia a dia a luz de outro reino, de um reino eterno.

O cristão sábio contentar-se-á em esperar por esse dia. No dia a dia,, servirá a sua geração, segundo a vontade de Deus. Se ele for deixado de lado nas lutas por popularidade religiosa, dará a isto atenção mínima. Ele sabe a QUEM está procurando agradar e está disposto a deixar que o mundo pense dele o que quiser. De qualquer forma não estará aqui por muito tempo, e para onde ele vai, os homens não serão reconhecidos pelos valores que o mundo aprecia.



Site Rei Eterno (http://reieterno.sites.uol.com.br)

Igrejas e religiões


Deus constrói o seu templo no nosso coração sobre as ruínas das igrejas e das religiões.
Ralph Waldo Emerson



Das igrejas erigidas com pedras e argamassa, tenho pavor. Das religiões pregadas nos templos de tijolos por homens, vestidos de soberba, fujo como alguém que quer estar bem longe da mentira.

Templos geram soberba; religiões, prepotência. Suas ruínas nos ensinam humildade e misericórdia.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Merry Christmas to all of you!

A todos vocês que me acompanharam, lendo as postagens desse blog:
Feliz Natal: o verdadeiro que se comemora o ano inteiro!
Como diz a canção, seguirei a estrela, como o sábio, onde quer que ela me levar, para que esteja com o meu Salvador face a face.




terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Uma causa para viver e morrer


Não confio na instituição que se intitula igreja, que possui placa, que é mais uma entre outras denominações. Não confio em pastores assalariados que possuem salas pastorais como se fossem donos de uma empresa, assentados atrás de uma mesa, para deliberarem assuntos burocráticos e agendas para o próximo ano com secretárias que compram passagens aéreas internacionais, cuja desculpa é visitar o “campo missionário” para postar fotos nas redes sociais em frente a monumentos históricos.
Acredito em pessoas normais que cumprem suas funções no Reino sem fazer alarde e que não se consideram a elite sacerdotal escolhida, vivendo num pedestal acima do bem e do mal – aqueles que julgam os “reles mortais” por terem atitudes equivalentes às deles. 
Prefiro a Igreja que não possui CNPJ e que, também, não faz uso da hierarquia para manipular as ovelhas. Anseio pelo governo do Espírito Santo, destituindo governos humanos que reproduzem o sistema - pessoas que se associam visando à glória ou ao lucro.
Prefiro a igreja que busca o bem do outro e que reparte, sendo dirigida, unicamente, pelo Espírito Santo, essa, sim, valida o Reino. Qualquer uma que possua placa é mais uma denominação, toma o caminho da soberba, pois se acha mais certa do que a Certa, inventando regulamentos e planos de carreira.
Prefiro a igreja que se reúne diariamente em qualquer local, cuja meta é levar esperança e salvação aos perdidos e lhes oferecer alimento, vestimenta, libertação, educação, saúde e hospedagem, tendo como marketing seu próprio testemunho de vida cheio de amor e de misericórdia, de alegria e de gratidão pela morte e ressurreição do Cordeiro, sem qualquer soberba ou vaidade, sem shows nem programas televisivos, mas anonimamente.
Quero e busco fazer parte dessa igreja, sem cursar seminário, mas estudando as escrituras juntamente com outros que possuem o mesmo propósito, orando intensa e fervorosamente pela plenitude do Espírito que é poder e sabedoria de Deus.
Os discípulos cursaram seminário por três anos com o Mestre (na teoria e na prática) e o negaram diretamente ou por omissão. Só, depois, quando foram cheios do Espírito Santo é que assumiram suas funções, ousadamente, enfrentando o sistema, não temendo morrer pelo  evangelho.
O sistema julga, condena e mata os que o denunciam, mas os quem estão selados pelo Espírito da Promessa sabem que vale a pena viver e morrer pela causa de Cristo.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Oração para 2012

Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma consequência. Tolstoi

Oro para que em 2012. busquemos a VERDADE!

Mais um ano juntos


Igreja de Cristo que se reúne no Paraíso

domingo, 11 de dezembro de 2011

Balanço de 2011

Fazendo um balanço de 2011.

Mesmo não tendo terminado o ano, quase sempre me pego, nessa época de “festas”, fazendo uma análise da trajetória percorrida nos 365 dias que um dia delimitaram e nomearam de acordo com o que chamam de calendário.

Sem entrar no significado histórico do porquê existe o calendário, o melhor mesmo é cumprir seus dias, terminando com um saldo positivo, não financeiro, mas de crescimento pessoal e espiritual.

Para mim, foi um ano atípico, se comparado aos últimos 2009 e 2010, que serviram de “sabático”. Muito diferente, contudo bem produtivo, 2011 desenterrou talentos e fez brotar outros.

Viajei várias vezes, conheci pessoas novas, reencontrei antigas, renovei pactos, no entanto, o melhor foi voltar a me sentir útil de uma maneira incomum.

Servi pessoas desconhecidas como há muito tempo não o fazia. Direta ou indiretamente, participei da cura emocional de crianças e de famílias. Pude ser usada como porta de entrada de alguns para o Reino e de saída para outros que reencontraram esperança.

Quero usar este espaço para agradecer a Deus por ter me despertado do egoísmo e me curado da depressão. Fazendo-me perceber que ainda posso ser útil, ao me curar da cegueira do desespero, quando me abriu os olhos para a grande necessidade que existe tão próxima de mim. Quero agradecer aos meus queridos marido, filhos e norinhas, por me incentivarem a continuar, levantando meus braços e me reerguendo com suas sugestões e apoio. Agradeço aos velhos amigos e queridos que continuam ao meu lado e aos novos que deram um voto de confiança e me abriram portas para realizar o sonho que não sonhei, pelo menos do jeito que aconteceu.

Agradeço pelas portas que se fecharam para que outras, muito melhores, fossem abertas.

O melhor, realmente, sempre está por vir!!! O saldo é BEM positivo...


sábado, 3 de dezembro de 2011

Questão de pedigree

Passando pela marginal num dia de muito trânsito, vindo do aeroporto para casa no banco de trás de um taxi, observei que nas margens sujas e poluídas das águas, também, sujas e poluídas nascem, crescem e sobrevivem várias espécies de arbustos com flores lindíssimas.
Por não estar dirigindo, a cada kilômetro andado, notei que existiam flores e mais flores de todas as cores e formatos.
Um tanto indignada com tanta poluição e com o atraso em que se encontra o saneamento básico de uma cidade como São Paulo e de um país que sediará a copa do mundo, comparei o Rio Pinheiros  com o Tâmisa.
Porém, aprendi uma lição simples, mas muito profunda. Ao deixar de observar as águas sujas e as margens carregadas de entulho e ao passar a dar mais importância aos arbustos e flores tão diversas, criações divinas e realçadas pelo amor do Pai, comparei o rio com minha vida.
Ainda bem que Deus possui "olhos" bons e que não enxerga a sujeira e muito menos inala o mau-cheiro de nossos pecados e de nossas vidas corrompidas. Ele enxerga o nosso coração e jamais dá atenção ao nosso pedigree denominacional religioso, seja ele católico, batista, presbiteriano, metodista e demais, considerados "sangue azuis" espirituais.
Criada, como fui, sem princípios cristãos de berço, Deus me enxergou, como enxerga todos os demais que se arvoram descendência especial e considerou somente as flores e o perfume que elas exalam, mesmo que nascidas no meio do esgoto.
Não fez diferença pra Ele o meu pedigree, mas considerou minha busca pela verdade, minha ânsia pelo perdão e minha vergonha de ser escória espiritual.
Perdoou o meu passado da mesma maneira que perdoou o passado dos "sangue azuis"espirituais que acham que são mais santos por terem nascido e por terem sido criados em lares ditos evangélicos, valorizando mais as obras humanas do que o sacrifício de Cristo na cruz.
Sofri e tenho sofrido,ainda, certo preconceito dentro da instituição religiosa que me levou a amar a Deus e a crer no Filho.
Penso que Deus não joga fora a nossa história que nos acompanha e que nos moldou a personalidade e a nossa identidade. Ele a santifica e a aperfeiçoa, justamente pelo fato de enxergar só o bem e o belo que brota da lama contaminada pelos poluentes culturais e humanistas e pela tendência pecaminosa da nossa carne.
A bondade de Deus nos alcança e não depende do nosso pedigree, pois se assim fora, nossos filhos criados em "berço evangélico" já nasceriam santos e incontaminados: perfeitos, acabados, uma raça pura que não necessitaria do perdão de Deus e que jamais reconheceria ou entenderia o sacrifício do Filho de Deus que nasceu numa manjedoura, envolto em trapos e rodeado de animais, que morreu desnudo, pendurado no madeiro.
Muito me entristece, descobrir que o homem, sendo pó, valorize o pedigree, desconsiderando o que Deus considera e considerando o que Deus não considera.
Enxerga só o rio poluído e as margens cheias de lixo. Desconsidera as flores e seu perfume...
Quanto preconceito!