Os princípios verdadeiros podem ser bem diferentes dos nossos ...

Os princípios verdadeiros pelos quais devemos viver podem ser bem divergentes dos que cremos, podendo ser sofismas inventados pelos homens: sombras da verdade ou fragmentos dela.
A identidade do homem é construída por meio de certos contextos sociais, culturais e históricos, porém o Eterno está no contexto da humanidade absolutamente. Quando atinamos com isso, passamos da morte para a vida.
Nesta página poderemos refletir e argumentar, para descobrirmos se estamos vivendo a VERDADE, essa que é absoluta e que não depende de quaisquer pontos de vista.







"Não deixe portas entreabertas. Escancare-as ou bata-as de vez. Pelos vãos, brechas e fendas passam apenas semiventos, meias verdades e muita insensatez."
Cecília Meireles

Vivemos eternamente adquirindo convicções novas e num eterno trabalho de reeducação de nós mesmos.
Mário de Andrade

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Uma grande lição

A gente sempre fica pensativo depois de visitar um museu.
A visita de hoje ao Imperial War Museum de Londres não só me deixou pensativa como também perplexa.
A intolerância gerada pela soberba e pelo orgulho, misturada com a sede de poder e com a loucura provoca  destruição de nações, de etnias, de gente como eu e você.
Tudo começa pequeno, microscopicamente, com certa intolerância, chamada ora de racismo ora de preconceito.
Pude observar cenas chocantes, ler depoimentos chocantes e ouvir depoimentos mais chocantes ainda...
Guerras e massacres com explicações exuberantes, para não dizer deprimentes. Injustiças premiadas com medalhas. INCOERÊNCIA?
Claro que cheguei à conclusão mais do que óbvia de que somos intolerantes, injustos e incoerentes ao nos autodenominarmos cristãos, se não vivermos como Cristo nos ensinou - que é o humilhar-se a si mesmo, tomando a forma de homem e morrendo na cruz, isto é, humilhando-se mais do que seria possível na plenitude dos tempos.
A grande cristianização matou milhões de pessoas em nome de si mesma e de sua própria conveniência, contradizendo o evangelho das boas novas pregado por Cristo, usando explicações tão convincentes quanto a do diabo ao enganar a humanidade, fazendo a apologia ao fruto daquilo que traria o poder e a sabedoria dos deuses.
A descristianização, carregada de vingança justifica que haja mais mortes em nome de outros deuses tais como dinheiro, poder e religião.
Assim, desde que o primeiro homem se alimentou do bem e do mal, ainda bem, deixou de ser eterno, nada mudou.
E se o evangelho das boas novas continuar sendo distorcido nas bocas dos pregadores "titulados" atuais, estimulando a guerra pela glória de si mesmos, um maior genocídio, um maior crime contra a humanidade, contra a humanização do homem cada dia mais desumano, o espiritual, o que levará o homem ao juízo final, pensando que é evangélico, mas que não passa de um assassino, queimará no inferno junto com os líderes dos massacres que pude observar, visitando o museu da guerra.
Cristo fez a apologia da humildade que, por herança, nos garante a vida eterna. Alimentar-se do fruto da árvore da vida que Ele oferece, para mim, continua sendo, morrer para si mesmo.
Como isso é difícil!!!
Porém, não é impossível, pois basta pedirmos o Espírito Santo, se formos humildes o suficiente para crermos que Ele habita em nós, que nos dá força para perdoar e que nos ensina que o Reino de Deus não é terreno.
Será que conseguiremos aprender?

domingo, 20 de novembro de 2011

Estamos prontos para a liberdade?

Minha leitura de Hobbes...
"toda e qualquer associação parte da lógica do benefício próprio (...) os homens se associam ou pela glória ou pelo lucro (...) tendência natural de autopreservação."
A estrutura eclesiástica se torna um monstro que nos engole, na medida em que é alimentada por nossas frustrações, paradigmas humanos, ambição, sede de poder e de glória, sendo que o poder que é conferido ao clero é dado com o consenso de todos.
Como um animal de estimação que cuidamos e alimentamos, ela se volta contra nós com uma voracidade mortal, quando adoece pela raiva, bactéria letal: desejos reprimidos à força.
Para se manter viva, ataca, deixando feridos homens e mulheres que um dia deram sua vida por ela. Quanto mais se alimenta e cresce, mais se torna invencível, daí os fins justificam os meios, maquiavelicamente.
O erro está justamente nisto:
Esquecemos do ser humano e passamos a dar mais valor ao sistema do que a nós mesmos e ao próximo; inventamos normas e elegemos um clero para nos governar. Esquecemos de que e o valor não está no sistema, mas no indivíduo, na pessoa (...) subir em sua opinião própria, quando se compara com os defeitos e deficiências de outrem (...)
Jesus foi condenado e morto pelo sistema, pela lei, pela hipocrisia dos doutores e mestres. Entretanto, ressuscitou pelo homem, por amor ao homem, provando que, pelo próximo, devemos romper com toda a estrutura: ninguém tem maior amor do que este, de alguém dar a vida por seus amigos.
No reino de Deus não existe hierarquia, existe o negar-se a si mesmo e o serviço, porém, ainda, não conseguimos entender que esta é a liberdade com que Cristo nos libertou. Necessitamos de um governo visível, eleito, ou não, por nós mesmos, que tome o lugar de Cristo, a fim de que nos sintamos seguros, que nos fale o que devamos fazer.
Somos incrédulos, não temos fé na presença de Deus dentro de nós, na pessoa do Espírito. Cremos muito mais nas regras humanas do que no sermos guiados pelo Espírito. Voltamos a cometer o mesmo erro que o povo de Israel cometeu ao pedir um rei.
Rejeitamos o Rei, preferimos eleger um líder (ou líderes) que governe sobre nós e, assim, somos levados para o cativeiro e ali permanecemos, clamando pelo Messias que já veio, trazendo consigo o Caminho, a Verdade e a Vida.
Não compreendemos que o Reino de Deus não é desse mundo, portanto, nossas regras e nossas obras não possuem valor algum para Deus, sendo que as regras de Deus, se é que podem ser chamadas de regras, só podem ser cumpridas pelo Espírito Santo em nós.
Será que estamos prontos para a liberdade? A de nos alimentarmos da Árvore da Vida, mesmo sabendo que exista uma outra árvore (agradável aos olhos) que nos traga conhecimento, segurança, poder e glória?
Eu me faço essa pergunta, diariamente, clamando para que Deus renove a minha maneira de pensar.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Humildade, a chave do Reino

Quando conhecemos a verdade, que é Cristo, descobrimos que somos miseráveis.
A verdade é que nos leva ao arrependimento, na medida em que ela nos revela como o espelho nossa imperfeição, a fim de que nos humilhemos e a humildade nos libertará do pecado, da soberba, da prepotência e da independência de Deus. Quanto mais humildes a verdade nos fizer, mais teremos o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus que, sendo Deus, humilhou-se ainda mais, morrendo na cruz.
Quanto mais humildes, tanto mais livres.
Qaunto mais morrermos, tanto mais teremos vida.