Os princípios verdadeiros podem ser bem diferentes dos nossos ...

Os princípios verdadeiros pelos quais devemos viver podem ser bem divergentes dos que cremos, podendo ser sofismas inventados pelos homens: sombras da verdade ou fragmentos dela.
A identidade do homem é construída por meio de certos contextos sociais, culturais e históricos, porém o Eterno está no contexto da humanidade absolutamente. Quando atinamos com isso, passamos da morte para a vida.
Nesta página poderemos refletir e argumentar, para descobrirmos se estamos vivendo a VERDADE, essa que é absoluta e que não depende de quaisquer pontos de vista.







"Não deixe portas entreabertas. Escancare-as ou bata-as de vez. Pelos vãos, brechas e fendas passam apenas semiventos, meias verdades e muita insensatez."
Cecília Meireles

Vivemos eternamente adquirindo convicções novas e num eterno trabalho de reeducação de nós mesmos.
Mário de Andrade

domingo, 29 de dezembro de 2013

DESPEDIDA DE 2013

Ano profícuo.
Ano em que pude domesticar meu "black dog".
Ano em que pude me desvencilhar de muitas coisas e de pessoas também. Graças a Deus!!! 
Ano do carro novo, mais uma vez… saudade do mini cooper… o retrovisor está em casa rsrs…
Ano em que pessoas falsas foram desmascaradas e outras tantas que retornaram em boa hora…
Viajei bastante: lugares inesquecíveis! Companhia maravilhosa!
Ano das páginas viradas.
Ano em que pude ver e presenciar muitos milagres - o do INAPE foi o maior. OUTROS TANTOS FORAM BEM GRANDES.
Ano de ajustes e de muitas orações respondidas. A melhor de todas? Segredo entre mim e Deus! Livramentos benditos! Demissões fraudulentas… A justiça do Pai é que vale. Pessoas doentes saíram de perto, as falsas e ingratas? Deus é mais… Quem semeia colhe!
Despeço-me feliz com grande esperança - que não será a vitória do Brasil na Copa - grandes expectativas, grandes mudanças: ANO NOVO? CASA NOVA! Muito trabalho, quem semeia, colhe! 
Que venha 2014!!!


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

QUEM PENSA

que para dar frutos para o Reino, necessita de fazer parte de um sistema eclesiástico - engana-se!
O sistema cobra frutos, entretanto, não os dá. Quem dá são as pessoas que se encontram plantadas junto a ribeiros d'água, aqueles que têm comunhão com o Espírito Santo.
O sistema cobra para existir, cobra para sustentar  os que cobram atitudes pró-ativas e frutos dos que amam a Deus e por amor são voluntários, para que os que cobram recebam fama e se gabem de poder, de dinheiro, de viagens, de carros e o que quer que seja.
No fim, quem será que vai receber o galardão da justiça?
Os que cobram resultados ou os que realizam?
Quem realiza, não está preso a denominações, simplesmente, realiza, onde quer que esteja.
Muito me admira quem pensa que seu esforço de ir à igreja aos domingos - só - está realizando algum benefício a alguém. O benefício, nesse caso, é próprio e para que os que cobram digam: o culto estava cheio hoje! Convidem! Convidem para quê? Para encher a igreja ou para que Jesus seja conhecido?
Há necessidade de ir à igreja para se conhecer a salvação?
Claro que não. Basta conhecermos alguém que transborde o amor de Deus. Que reflita Sua glória! Consequentemente, esse alguém terá muitos amigos e se encontrará com eles sempre que quiser. Numa reunião ou sozinhos. E na reunião ou sozinhos, discutirão, elaborando planos para atender os necessitados, contarão testemunhos, falando com salmos, cânticos, ao mesmo tempo que respiram a palavra de Deus.
Aí sim, a verdadeira igreja acontece. Ela não tem endereço fixo e nem data para acontecer.

domingo, 15 de dezembro de 2013

LIVRE ARBÍTRIO?

Jesus disse, "se o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres", aqui está a grande incoerência do sistema eclesiástico - ele destrói a liberdade, conquistada na cruz a preço de sangue.
Com a aparência do bem, disfarçadamente, enreda o homem cansado e sobrecarregado pelo pecado do afastamento de Deus pela busca do conhecimento do bem e do mal, prometendo salvação e acolhimento, mas tudo o que oferece são regras e dogmas, rituais e hierarquias, que prendem a pessoa que encontra a liberdade por meio do convencimento da verdade pelo Espírito. De forma sutil e diabólica, oferecendo o conforto de pertencer e da promessa do alimento, fecha a porta que leva à simplicidade.
Depois de preso, novamente, sem perceber, aquele que poderia estar voando com asas como águias, pensando estar livre, por ter "pão e água", encontra-se com sua asas cortadas, entoando lindos cânticos, tal qual um pássaro raro e único, criação divina, que não conseguirá mais sobreviver fora de sua gaiola.
Ele continuará vivo, contudo, nunca mais poderá voar, com medo, mesmo que abram a prisão e que saiba que suas asas cresceram, permanecerá dentro dela.
O homem busca tanto a liberdade, porém quando a encontra, troca por migalhas. Jesus conquistou e lhe deu uma mesa farta, entretanto o medo do livre arbítrio, faz com que ele passe a responsabilidade a outros: é mais fácil, é mais cômodo ser dirigido do que dirigir, pois a qualquer momento, como Adão, pode culpar Eva, por ter comido o fruto proibido - a dependência dos outros. Desnuda-se sua fraqueza, ele se veste de folhas de figueira, deixa de depender de Deus.
A responsabilidade do livre arbítrio é algo que só a comunhão constante com o Criador, na viração do dia, pode garantir ao ser humano que ele o mantenha.
Infelizmente, algo tão sublime, que foi perdido, mas reconquistado por Cristo da maneira mais difícil possível, a liberdade, é para poucos.
Uns perdem a liberdade, porque querem criar regras e as manter, outros, porque só querem obedecê-las.   Assim, tanto uns quanto outros se tornam reféns do sistema. Morrem presos, achando que estão livres.
Possuir o livre arbítrio e o manter, só é possível pelo poder e sabedoria do Espírito Santo. Poucos possuem a coragem de admitir que é pela graça,  que não depende de esforço humano.
A conquista do livre arbítrio por Cristo na cruz, nos confere poder - somos reis; confere-nos sabedoria - somos sacerdotes!
A minha pergunta é: vocês (também me incluo), reis e sacerdotes que habitam no jardim de Deus, como estão usando o livre arbítrio? Estão pregando o evangelho do Reino a toda criatura, indo e fazendo discípulos ou trocaram a liberdade, a fim de defenderem sua prisão com unhas e dentes? 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Pessoas passam por nossas vidas para deixar rastros de decepção e de amargura, outras de alegria e de amizade.
Quero esquecer as más para sempre me lembrar das boas!!!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

AINDA SOBRE A GRATIDÃO

A verdadeira gratidão não consiste em palavras, mas em atitudes. Falar muito obrigado é função conativa da linguagem, demonstrar gratidão é retribuir com ações de graças. Deus espera de nós uma adoração prática, além do reconhecimento com as palavras, ofertar, com um coração voluntário, ao necessitado e, nem sempre o necessitado é o pobre; pode ser o solitário, o decepcionado, o rico vazio de Deus.
A palavra ação já diz tudo em seu significado. Ações de graças, agir com agradecimento, por agradecimento. Não consiste num único dia, numa quinta-feira de novembro, consiste numa vida de serviço ao próximo como a Cristo, por Cristo e para Cristo. Agir com gratidão, falar e cantar são muito pouco pelo tamanho da salvação que nos foi comprada pelo sangue do Cordeiro de Deus. É necessário, que assumamos aquilo que nos foi conquistado, a condição de reis e de sacerdotes para salvar e devolver a dignidade aos que andam separados de Deus, a todo tipo de pessoa, pobre, rico, abandonado, homossexual, viciado, leproso, cego, bandido.
A vida de todo cristão deveria ser assim, um agir de agradecimento constante e nada melhor do que ver Cristo nos outros, para termos uma atitude prática de adoração: dar pão ao faminto, dar água ao sedento, visitar os presos e os enfermos, acolher os órfãos, servir as viúvas, ou seja, levar as boas novas do Reino.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Onde estiver a gratidão, ali também, estará o amor!

Aproveitando o dia de ação de graças que aconteceu na última quinta-feira de novembro...
A ingratidão parece ser um defeito, melhor dizendo, um pecado do ser humano, da humanidade.
Ela se confunde, muitas vezes, com a obrigação de que outros mais favorecidos (que não são entendidos como pessoas boas de coração, mas como arrogantes pelos que recebem os favores) têm para com os necessitados ou  "menos favorecidos".
Parece obrigação ajudar ou suprir a falta de algum bem ou pagar uma dívida. Não é, é despreendoimento.
Não quero dizer que não me porto com ingratidão, porém aqui estou como espectadora numa descrição narrativa a respeito da ingratidão.
A ingratidão usa várias vestimentas. Ela pode vir vestida de maledicência ou de calúnia e, assim, posso dar-lhe o nome de inveja.
Outras vezes, ela vem vestida de argumentos lícitos, contudo vazios de sentido, tais como: - Eu tenho de pensar na minha carreira! Assim, dou-lhe o nome de egoísmo disfarçado.
Podemos dar todos os nossos bens e até o nosso próprio corpo para ser queimado ou crucificado, entretanto, se aquele que recebe, não possuir amor, de nada vale. Tornar-se-á, em maldição, a ajuda. Dar e receber implica amor de ambas as partes, de outra forma é assistencialismo barato ou, até mesmo, ofensa.
Podemos dar nossa casa, carro, emprego, amizade, companheirismo. Podemos dar nossa cama para que o outro durma, mas de nada vale, se existe a ingratidão, porque o outro recebe como obrigação.
Outra vestimenta da ingratidão é a aparência de piedade. Aquela das pessoas que sobem nos púlpitos e nos altares para pregar o que não vivem e pedirem dinheiro em nome do Evangelho de Jesus Cristo. Aquela das pessoas que se colocam acima do bem e do mal, quando recebem um título eclesiástico. Nesse caso, dou o nome de legalismo ou de religiosodade.
Pessoas ingratas trocam de amigos a toda hora, dependendo da ocasião; elas são pessoas oportunistas. Cada hora estão com alguém. Abandonam quem as ajudou em troca de fama e de sucesso.
Cristo disse que se fizermos qualquer coisa a alguém necessitado, é a Ele que fazemos, portanto Ele está no próximo necessitado, mas será que Ele está em quem dá ou doa?
Como podemos mostrar que somos gratos pela salvação vicária de Cristo?
Ele nos ensinou e é servindo uns aos outros, entretanto, se não conseguirmos ser gratos aos que nos ajudaram no pouco, como poderemos entender o sacrifício de Cristo, sendo nossa gratidão completa? Se é tão difícil entender um coração solidário e misericordioso do próximo, como poderemos entender a misericórdia de Deus e seu grande amor, fazendo-se homem?
Quando servimos e repartimos, mostramos gratidão.
Seria óbvio, sermos gratos, porque quem serve, também é Cristo. O que dá e o que recebe são Cristo, para que a gratidão seja completa.
A ingratidão, também, possui sabor, tem o sabor da traição. Amigos ingratos, traem, tornam-se inimigos, por isso, a ingratidão é a grande incoerência do que se diz cristão, deveria ser o antônimo da palavra amor.
Pessoas ingratas são mesquinhas. O mundo está repleto delas. O que diremos, pois, dos "cristãos"mesquinhos? Cristãos ingratos não se alegram com a prosperidade do outro. A igreja está repleta deles.
Pessoas gratas são raras... será que elas existem?

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

unpredictable

Sometimes any kind of a sistem or even a church
puts us inside a cage
Some people are trapped
Some people only survive if they are there
but others die suffocated instead
cause they are made to fly
they can not be tamed
they are like Aslan
unpredictable 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Decepções

Não espero o bem das pessoas
Nem espero o mal
Porém
Cada dia que passa
Percebo mais e mais
Que as pessoas são
E estão mais ingratas

terça-feira, 5 de novembro de 2013

BODAS DE PÉROLA - ULISSES E CIDOCA


MÉRITO ALGUM

 Deus nos acolhe, não olhando nada. Ele nos acolhe do jeito que somos, mesmo que sejamos mau caráter, sem fé e com o coração podre e, ainda por cima, depois de nos acolher, transforma nosso caráter, faz nosso coração igual ao dele e nos dá fé. Para ele? Não existe religião, existe o amor com que nos ama e que dá a vida por nós, mesmo sendo pecadores. O que ele pede de nós? Nada. Perguntaram pra Jesus: Mestre, o que devo fazer para herdar a vida eterna? Ele respondeu: Crer nAquele que Deus enviou. A obra de Deus é esta: crer nAquele que o Pai enviou. João 6:28. É melhor do que possamos imaginar! 
A cultura do merecimento judaico-pagã nos impede de dimensionar o sacrifício de Cristo que escolheu morreu por nós pecadores, para nos reconciliar com o Pai.
Não merecendo nada, ele nos fez Reis e Sacerdotes - reis porque satanás, nosso adversário, submete-se a nós e sacerdotes porque temos a marca do sangue do Cordeiro em nós e, assim, quando o evangelho é pregado por meio de nossas atitudes ou palavras, somos usados como sacerdotes, levando a salvação, conquistada na Cruz pelo único mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. 
Não somos mediadores, somos instrumentos de salvação, por levarmos a marca de Cristo. Não somos déspotas, devemos ser humildes, mas cheios do poder do Espírito Santo e de sua sabedoria, para vencermos o poder do maligno com suas investidas contra a nossa fé.
Entendermos que recebemos tudo de graça e pela graça, sem merecimento, humildemente, faz com que o sacrifício do Mestre seja cada vez mais profundo.
Quem não compreende e acha que deve ser ou ter, carrega um jugo impossível de ser carregado. Quem compreende, carrega o jugo de Cristo que é suave e leve.
Quem não compreende, cria regras e dogmas. Quem compreende, faz-se como criança e recebe como criança.
Quem não compreende, constrói templos e hierarquia. Quem compreende, descobre que não é melhor do que ninguém e se reúne em qualquer lugar com os que compreenderam.

domingo, 3 de novembro de 2013

Dare to live giving something of yourself to others

Dare To Live (Duet With Laura Pausini)
Try looking at tomorrow not yesterday
And all the things you left behind
All those tender words you did not say
The gentle touch you couldn't find
In these days of nameless faces
There is no one truth but only pieces
My life is all i have to give
Dare to live until the very last
Dare to live forget about the past
Dare to live giving something of yourself to others
Even when it seems there's nothing more left to give
But if you see a human
In front of your entrance
Who sleeps wrapped in a box,
If you would listen to the world in the morning
Without the noise of the rain.
You are that one who can create with your voice,
You think with the thoughts of people,
Of the God who is just the God.
To live, no one has ever taught it,
To live, it's impossible to live without the past,
To live is beautiful even if you have never asked for.
It will be a song, someone will sing it.
Dare to live searching for the ones you love,
(Why, why, why, why are you not living tonight?)
Dare to live no one but we all,
(Why, why, why, why are you not living now?)
Dare to live until the very last,
(Why, why, why is the life not the life?)
Your life is all you have to give (Because)
You have not lived the life!
Dare to live until the very last,
(Why, why, why is the life not the life?)
Your life is all you have to give (Because)
You have never lived.
I will say no (I will say yes)
Say dare to live
Dare to live


Dare to live
Try looking at tomorrow not yesterday
And all the things you left behind
All those tender words you did not say
The gentle touch you couldn't find
In these days of nameless faces
There is no one truth but only pieces
My life is all i have to give
Dare to live until the very last
Dare to live forget about the past
Dare to live giving something of yourself to others
Even when it seems there's nothing more left to give
Ma se tu vedessi l'uomo
Davanti al tuo portone
Che dorme avvolto in un cartone,
Se tu ascoltassi il mondo una mattina
Senza il rumore della pioggia,
Tu che puoi creare con la tua voce,
Tu, pensi i pensieri della gente,
Poi, di Dio c'e solo Dio.
Vivere, nessuno mai ce l'ha insegnato,
Vivere, non si può vivere senza passato,
Vivere è bello anche se non l'hai chiesto mai,
Una canzone ci sarà, qualcuno che la canterà
Dare to live searching for the ones you love
(Perché, perché, perché, perché non vivi questa sera?)
Dare to live no one but we all
(Perché, perché, perché, perché non vivi ora?)
Dare to live until the very last
(Perché, perché, perché la vita non è vita)
Your life is all you have to give (Perché)
non l'hai vissuta
Vivere!
Dare to live until the very last
(Perché, perché, perché Ia vita non è vita)
Your life is all you have to give (Perché)
non l'hai vissuta mai
I will say no (I will say yes)
Say dare to live
Dare to live



terça-feira, 29 de outubro de 2013

A FÁBULA DOS DOIS LEÕES

Pra dar um pouco de risada...

Fábula dos Dois Leões
Stanislaw Ponte Preta
(Sérgio Porto)

Diz que eram dois leões que fugiram do Jardim Zoológico. Na hora da fuga cada um tomou um rumo, para despistar os perseguidores. Um dos leões foi para as matas da Tijuca e outro foi para o centro da cidade. Procuraram os leões de todo jeito mas ninguém encontrou. Tinham sumido, que nem o leite.

Vai daí, depois de uma semana, para surpresa geral, o leão que voltou foi justamente o que fugira para as matas da Tijuca. Voltou magro, faminto e alquebrado. Foi preciso pedir a um deputado do PTB que arranjasse vaga para ele no Jardim Zoológico outra vez, porque ninguém via vantagem em reintegrar um leão tão carcomido assim. E, como deputado do PTB arranja sempre colocação para quem não interessa colocar, o leão foi reconduzido à sua jaula.

Passaram-se oito meses e ninguém mais se lembrava do leão que fugira para o centro da cidade quando, lá um dia, o bruto foi recapturado. Voltou para o Jardim Zoológico gordo, sadio, vendendo saúde. Apresentava aquele ar próspero do Augusto Frederico Schmidt que, para certas coisas, também é leão.

Mal ficaram juntos de novo, o leão que fugira para as florestas da Tijuca disse pro coleguinha: — Puxa, rapaz, como é que você conseguiu ficar na cidade esse tempo todo e ainda voltar com essa saúde? Eu, que fugi para as matas da Tijuca, tive que pedir arrego, porque quase não encontrava o que comer, como é, então, que você... vá, diz como foi.

O outro leão então explicou: — Eu meti os peitos e fui me esconder numa repartição pública. Cada dia eu comia um funcionário e ninguém dava por falta dele.

—  E por que voltou pra cá? Tinham acabado os funcionários?

— Nada disso. O que não acaba no Brasil é funcionário público. É que eu cometi um erro gravíssimo. Comi o diretor, idem um chefe de seção, funcionários diversos, ninguém dava por falta. No dia em que eu comi o cara que servia o cafezinho... me apanharam.

Texto extraído do livro “Primo Altamirando e Elas”, Editora do Autor – Rio de Janeiro, 1961, pág. 153.

O CASO DO CHÁ

Para os amantes de Carlos Drumond de Andrade...
O CASO DO CHÁ
A casa da velha senhora fica na encosta do morro, tão bem situada que ali se aprecia o bairro inteiro, e o mar é uma de suas riquezas visuais. Mas o terreno em volta da casa vive ao abandono. O jardineiro despediu-se há tempos; hortelão, não se encontra nem por milagre. A velha moradora resigna-se a ver crescer a tiririca na propriedade que antes era um brinco. Até cobra começou a passear entre a folhagem, com indolência; é uma cobrinha de nada, mas sempre assusta.
O verdureiro que faz ponto na rua lá embaixo ofereceu-se para matá-la. A boa senhora reluta, mas não pode viver com uma cobra tomando banho de sol junto ao portão, e a bicha é liquidada a pau. Bom rapaz, o verdureiro, cheio de atenções para com os fregueses. Na ocasião, um problema o preocupa: não tem onde guardar à noite a carrocinha de verduras.
 – Ora, o senhor pode guardar aqui em casa. Lugar não falta. – Muito agradecido, mas vai incomodar a madame.
 – Incomoda não, meu filho.
A carrocinha passa a ser recolhida nos fundos do terreno. Todas as manhãs o dono vem retirá-la, trazendo legumes frescos para a gentil senhora. Cobra-lhe menos e até não cobra nada. Bons amigos.
– Madame gosta de chá
– Não posso tomar, me dá dispepsia, me põe nervosa.
– Pois eu sou doido por chá. Mas está tão caro que nem tenho coragem de comprar. Posso fazer um pedido? Quem sabe se a madame, com esse terreno todo sem aproveitar, não me deixa plantar uns pés, pouquinha coisa, só para o meu consumo?
Claro que deixa. Em poucas horas o quintal é capinado, tudo ganha outro aspecto. Mão boa é a desse moço: o que ele planta é viço imediato. A pequenina cultura de chá torna alegre outra vez a terra abandonada. Não faz mal que a plantação se vá estendendo por toda a área. A velha senhora sente prazer em ajudar o bom lavrador. Alegando que precisa fazer exercício, caminhando com cautela pois enxerga mal, ela rega as plantinhas, que lhe agradecem a atenção prosperando rapidamente.
– Madame sabe: minha intenção era colher só uma pequena quantidade. Mas o chá saiu tão bom que os parentes vivem me pedindo um pouco e eu não vou negar a eles. É pena madame não experimentar. Mas não aconselho: se faz mal, não deve mesmo tocar neste chá. O filho da velha senhora chegou da Europa esta noite. Lá, ficou anos estudando. Achou a mãe lépida, bem disposta.
– E eu trabalho, sabe, meu querido? Todos os dias rego a plantação de chá que um moço me pediu licença
para fazer no quintal. Amanhã de manhã você vai ver a beleza que está.
O verdureiro já havia saído com a carrocinha. A senhora estende o braço, mostra com orgulho a lavoura que, pelo esforço em comum, é também um pouco sua. O filho quase caiu duro:
– A senhora está maluca? Isso nunca foi chá, nem aqui nem na Índia. Isso é maconha, mamãe!


domingo, 27 de outubro de 2013

DÉSPOTAS NÃO ESCLARECIDOS

Grande parte dos crentes evangélicos e seus líderes são ignorantes quanto às doenças emocionais, mentais e genéticas. Eles generalizam tudo como se fosse demônio ou opressão.
Não estou querendo afirmar, aqui, que não existam doenças, causadas por opressão ou  que não exista endemoninhamento.
Jesus curou doenças e expulsou demônios, basta ler os evangelhos.
Contudo, existe uma linha doutrinária, chamada de cura e libertação, que ignora o conhecimento científico com seus avanços, prestando um desfavor ao evangelho.
Tenho conhecimento de causa, fiz o tal do “curso de cura e libertação” e fiquei atônita com grau de ignorância tanto dos participantes quanto dos palestrantes. Fui até o fim, para constatar a falta de educação, de ética e de humildade dos chamados “ministros de libertação”.
Dentro desse dito “ministério de libertação” do qual, infelizmente, fiz parte, graças a Deus por pouco tempo, um respeito à hierarquia humana em que se deve passar a autoridade para que alguém ministre o que é ensinado ali.
O curso é apostilado e repleto de orações prontas, tais quais mantras, com encenações em que o ministrante deve se vestir da armadura de Deus do livro de Efésios, capítulo 6, fazendo os gestos: capacete, espada, escudo, e sandálias (Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz;
Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus).
Não dá pra não se sentir ridículo, claro! Porém, já que me dispus a pagar e a fazer o curso, fui até o fim.
O embasamento bíblico: textos fora de contextos e experiências espirituais místicas.
Como gosto muito de estudar, fui estudar psicologia (autodidata).  Comprei vários livros, inclusiva de psiquiatria. Obviamente, conclui que tudo ali não passava de histeria em massa. Salvo algumas exceções.
A linha entre a normalidade e a alucinação é extremamente tênue. Nossas emoções nos enganam e dentro de tanto misticismo, acabei comparando o que presenciei, durante o curso, com um centro espírita “evangélico”. Sem contar que é necessário preencher uma ficha de “aconselhamento” em que devemos confessar todos os nossos pecados desde a infância e os dos nossos familiares – têm de verificar as maldições familiares que carregamos.
Na entrevista, somos untados com óleo de vários aromas - que (lógico) devemos adquirir lá (o e lá é santo), depois de receber o diploma e a autorização para colocar em prática o que aprendemos.
Ninguém pode encostar em ninguém, se não for untado ou ungido (whatever) com o tal óleo milagroso, pois o demônio pode passar de um pra outro. O fundamento disso é um filme com  Denzel Washington chamado, Possessão.
E por aí vai...
O que pretendo ao relatar isso?
Considero importante, sabermos que existem tantos exageros e tanta ignorância no meio evangélico, a fim de que não caiamos em armadilhas e que livremos outros tantos delas; devemos ser simples como as pombas, mas prudentes como as serpentes.
Descobri que essa foi a maneira com que pessoas encontraram para controlar os membros de suas igrejas, pois as ovelhas se dispõem a confessar seus pecados perdoados na cruz, para serem manipulados pelos seus líderes. Elas se expõem, bem intencionadas e ingênuas que são, atraídas pelas promessas de prosperidade ou de cura, assim, seus líderes os fazem de reféns - conhecendo todos os seus erros, preenchidos numa ficha - tornando-se portadores da salvação e do perdão na sessão de libertação – sutileza satânica.
Nesse meio conheci muita gente sincera, entretanto, a grande maioria é mal-intencionada, manipuladora, controladora e arrogante.
Deus usa todos os meios, para nos levar até ele, muitas pessoas são atingidas mesmo por meio desse evangelho distorcido. Ai dos líderes que usam a boa fé dos pequeninos e, mentindo, fazem-nos se afastar da graça para obedecerem a homens que inventam hierarquias e títulos em busca de poder e dinheiro.
Para os ministros de libertação, toda doença, seja ela emocional ou física é demônio ou maldição. Eles superexaltam o poder das trevas, diminuindo o PODER de Deus. Ou não entenderam o evangelho ou se fazem de desentendidos, visando ao benefício próprio, a fim de conseguirem poder ou permanecerem nele e de serem chamados de apóstolos. Nada mudou, desde a Idade Média!

Ventos gelados sopram


sábado, 26 de outubro de 2013

Padecer Tribulações





Quando sofremos por causa de calúnia, maledicência, injúria e injustiça e, quando mancham nossa honra, o sentimento de inadequação e de vergonha é tal, que a saída parece ser, somente, o suicídio. 
Entretanto, e digo ENTRETANTO com letras maiúsculas, se passarmos por isso, pensando que somos dignos de sofrer as aflições de Cristo, então, toda honra, toda glória e todo louvor serão dados a Deus. Regozijaremos sempre e, outra vez, diremos que a alegria do Senhor é a nossa força. 
Traremos à luz filhos na viuvez, nossos filhos nos chamarão de bem-aventuradas e nosso marido companheiro de sofrimento, louvar-nos-á, dizendo que somos superiores a todas por causa do nosso temor ao Senhor!!!
Não desejo àqueles, que me causaram tanto mal, que passem pelo vale, pela depressão e pelo pânico que que enfrentei. Ees foram instrumentos usados, para que eu entendesse (guardada as devidas proporçôes) o que são as aflições de Cristo -  o que é ter amigos desleais, o que é ser traído, o que é ser vendido pelos irmãos (como José), o que é estar sozinho no vale da sombra da morte, o que é estar na prisão do medo. Desejo a esses o melhor que Deus pode proporciionar, eles merecem, pois me fizeram mais parecida com Cristo em seu sofrimento. 
Tive a honra de padecer tribulações por amor a Deus. E, não falo isso porque me acho boa, porque Bom é só aquele que está nos céus; falo isso porque amadureci e vi o bem nascer da dor.
Que recebam a retribuição de quem é Amor : Jesus Cristo!

domingo, 13 de outubro de 2013

Perder para ganhar

O divórcio acontece, quando a intransigência supera o amor. Numa relação em que exista amor, em que não há egoísmo, perdemos para ganhar.
Se aprendermos essa lição, teremos muitos amigos, nosso casamento será duradouro e conquistaremos a admiração dos nossos filhos.

sábado, 12 de outubro de 2013

A banalização do evangelho


Bispo da Igreja Universal entra com carro importado dentro do templo para os fiéis tocarem e prosperarem.


O pior é que usam o nome de Cristo!
Escandalizam e ai daquele por meio do qual vem o escândalo!
Afastam as pessoas da Verdade! Impedem os pequeninos de se aproximarem de Deus.
 Sou totalmente contra pastores que ganham salário. Todos deveriam trabalhar e dar exemplo! Missionários, sim, devem ser sustentados pela igreja. Aqueles que levam a semente gemendo e chorando!
O pior é que os assalariados se acham mais santos do que aqueles que trabalham, fazem diferença entre santo e profano, como se trabalhar, secularmente, fosse algo profano; sendo que é no mundo que temos de ser sal e luz e, não, dentro do comodismo da igreja! Usam seus títulos, para se beneficiarem do dízimo dos órfãos e das viúvas e se colocam acima do bem e do mal. Enriquecem e se justificam, dizendo que estão fazendo a obra de Deus, usando a Palavra de Deus fora de contexto: "o trabalhador é digno de seu salário." Como se trabalhassem... hipócritas!
 Fora a disputa pelo poder, pelo título e pela hierarquia, quando Jesus disse que TODOS somos reis e sacerdotes. Todos nós temos uma função no Reino, ninguém tem título!
Quero distância dessa estrutura maligna, sistema corruptor do verdadeiro evangelho. A Igreja de Cristo é bem diferente disso!
 É por causa do Reino que chegou a nós é que nos reunimos (igreja, assembleia dos santos) e não o contrário. Um clube, que esses patetas dizem, ser o lugar santo e que eles são os representantes de Deus na terra." Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.
Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus.
Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." 
João 4:20-24
 Desculpe a verborragia, mas está entalada na garganta! É claro que existem os que trabalham, mesmo estando dentro do sistema, conhecemos alguns, mas a grande maioria se aproveita da estrutura, para tirar vantagens. Herança medieval...



Crentês

Nada contra, apenas constatando um fato. Pessoas que gostam de ser ou parecer "espirituais" no facebook, desejando Feliz Aniversário: "Amado, meu irmãozinho, que Deus continue te abençoando e fazendo de tua casa um veículo para abençoar, semear e frutificar o Reino. Que teus sonhos sejam todos realizados no Senhor e que tu nunca desistas, pois o Senhor é a tua força. Amamos-te e a tua casa. Maranata, Hosana, Aleluia, Amém!" Linguagem tribal evangeliquês ou crentês, pra mostrar que é evangélico ou crente, ou então, que não consegue mostrar seu lado humano normal pecador e frágil, de tão fechado que é dentro de uma instituição religiosa que os obriga a usar chavões e máscaras para parecerem "santos".

domingo, 8 de setembro de 2013

(Re)produção de cópias - pleonasmo vicioso


Pequei,
por não saber fingir
Por falar a verdade compulsivamente, até se tornar mentira
Por confiar e ajudar os amigos (estranhos) oportunistas
Por defender os excluídos e andar com eles
Por confrontar os hipócritas
Por não possuir a linguagem (fingida) da tribo

Pequei, ao ignorar os invejosos - abutres famintos -
cheios de si, pernósticos, ávidos por nos julgar e condenar

Não quis ser artista, subir no palco, dançar, ser teatral
Não dancei conforme a música,
não decorei o roteiro,
não vesti as máscaras

Tornou-se um grande pecado ser ou querer ser diferente, mudar, transformar
Esquisito, não é isso o que acontece quando nos convertemos?
Não é esse o papel do Espírito Santo em nós?

Pois é, entretanto,

O sistema odeia a autenticidade, ele só (re)produz cópias





quarta-feira, 4 de setembro de 2013

VIDAS ARDENDO E SECAS

Vidas ardendo e secas e vice-versa...

Não sou Graciliano Ramos nem Luís Gonzaga pra saber que gente , plantação, gado e animais de estimação morrem de sede todos os dias no sertão nordestino. Escrever até posso, cantar, tocando sanfona, impossível...
Fato é, não dá pra gente se conformar com isso no século XXI, dá? Ou ficar parado sem, nem ao menos, demonstrar indignação, revolta ou seja lá o que for...
Ficar de braços cruzados não dá.
Ouvir da boca de Jesus "tive sede e não e não me destes de beber" é o que vai acontecer com gente (posso estar incluída, caso esteja só falando e deixando de agir) que dá o corpo pra ser queimado, mas não tem amor, cujo ego está tão grande que é metal que retine...
A gente dá a vida por um sistema e acaba sendo engolido, melhor dizendo, queimado por ele.

Reticências. 

sábado, 31 de agosto de 2013

Desabafando

Desabafando um pouco...
Cansa, conversar com "crente"arrogante e que se acha. Onde está a aplicação do versículo paulino - gloriar-se na cruz de Cristo?
"Crente" que vive se exaltando é a incoerência em pessoa -  gente mal resolvida... que adora dar lição de moral - que moral? Saiu do esgoto como todos nós que deveríamos, constantemente, nos lembrar de que só a graça é que nos faz alguém diante de Deus, que dirá dos homens???
Crente com nível de espiritualidade próximo da perfeição - foram aperfeiçoados? Por quem?
Gente "crente" cuja humildade consiste em humilhar o outro. Já viram?
Pois é, infelizmente o momento sócio-histórico e cultural impregna a mente desavisada e, assim o renovar do do entendimento é esquecido, deixando valores, bem diferentes dos do Reino, tomarem conta dos valores cristãos. Gente controladora que se pauta no sucesso, merecimento?
Que grande confusão, gente "crente" prepotente... daí vomitando jargões, tais como "a nível de" e "enquanto cristãos" vão tentando nos mostrar o quanto são mais espirituais do que nós reles mortais.
Tudo isso vai além da minha compreensão - metanoitikos!

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O sistema dos solitários

Cada dia que passa, mais entendo o quanto um sistema, seja ele qual for, pode se tornar opressor e maligno. Quando a sede de poder de alguns, alimentada pela manipulação doentia, pelo dinheiro e pelo sucesso, transforma-se em carisma recheado de fraudes imperceptíveis aos incautos, até mesmo honestos, ou  aos inocentes e ingênuos que buscam algo pelo qual possam viver ou morrer. 
Tudo começa bem, a busca pelo padrão ideal nos faz pensar que estamos certos, ao seguir modelos planejados por homens que antes inspirados por Deus, caem na armadilha do orgulho ensurdecedor, para dizer e, logo em seguida, obrigar os mais fracos que necessitem de comando, por esse ou  por aquele motivo - fé cega- a lhes prestarem honra - obediência cega. 
Devemos provar os espíritos e vez ou outra, ou quem sabe sempre, julgarmos, clamando por sabedoria divina, se o melhor não é continuar fora do sistema: sermos peregrinos solitários, antiteticamente, convivendo com solitários.