Os princípios verdadeiros podem ser bem diferentes dos nossos ...

Os princípios verdadeiros pelos quais devemos viver podem ser bem divergentes dos que cremos, podendo ser sofismas inventados pelos homens: sombras da verdade ou fragmentos dela.
A identidade do homem é construída por meio de certos contextos sociais, culturais e históricos, porém o Eterno está no contexto da humanidade absolutamente. Quando atinamos com isso, passamos da morte para a vida.
Nesta página poderemos refletir e argumentar, para descobrirmos se estamos vivendo a VERDADE, essa que é absoluta e que não depende de quaisquer pontos de vista.







"Não deixe portas entreabertas. Escancare-as ou bata-as de vez. Pelos vãos, brechas e fendas passam apenas semiventos, meias verdades e muita insensatez."
Cecília Meireles

Vivemos eternamente adquirindo convicções novas e num eterno trabalho de reeducação de nós mesmos.
Mário de Andrade

quinta-feira, 10 de março de 2011

Uma Pequena História

Certa vez, conheci uma pessoa que me foi muito especial. Não digo que foi, pois meu amor por ela não mudou.
Fiz de minha morada, a dela. Ela possuía livre acesso à geladeira e ainda reclamava do tempero, o que considero intimidade. Quando temos liberdade assim, somos parte da família.
Foram alguns anos de intensa convivência e de amizade. Ela debruçava sua cabeça no meu colo e eu acariciava seus cabelos. Reparti com ela o que pude e o que estava ao meu alcance. Amei-a com as entranhas da minha alma.
Porém, quando andei pelo vale da sombra da morte, ela me deixou sem dizer adeus. Ficou brava, nervosa e indignada. Não compreendeu minha dor. Virou as costas e foi embora, levando na mochila seu notebook, seu celular, seu emprego, seus amigos e seu namorado.
Não fiquei decepcionada com sua atitude porque filhos são amados incondicionalmente. Sempre me lembro dela com muito carinho e muita saudade.
Se ela, um dia, voltar, será recebida de braços abertos. Colocarei no seu dedo o anel que lhe pertence e mandarei matar o bezerro cevado. Será recebida como rainha; não me lembrarei de nada, porque não me lembro. Festejaremos seu retorno como família.

Entretanto, de fato, constatei que servir, ser sincera e vulnerável (nessa era individualista e egocêntrica) pode ofender!
Sendo assim, deixarei de servir? Jamais!
Esse foi o exemplo que o Pai deu: recebe de braços abertos, sempre, o filho pródigo...

Observação: a personagem é a soma de várias pessoas.

2 comentários:

  1. Lindo!
    Nossa... é muito dificil deixar o coração aberto mesmo após sermos abandonados, parabens pela lição de amor.
    Bjs Mari Herman

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