Os princípios verdadeiros podem ser bem diferentes dos nossos ...

Os princípios verdadeiros pelos quais devemos viver podem ser bem divergentes dos que cremos, podendo ser sofismas inventados pelos homens: sombras da verdade ou fragmentos dela.
A identidade do homem é construída por meio de certos contextos sociais, culturais e históricos, porém o Eterno está no contexto da humanidade absolutamente. Quando atinamos com isso, passamos da morte para a vida.
Nesta página poderemos refletir e argumentar, para descobrirmos se estamos vivendo a VERDADE, essa que é absoluta e que não depende de quaisquer pontos de vista.







"Não deixe portas entreabertas. Escancare-as ou bata-as de vez. Pelos vãos, brechas e fendas passam apenas semiventos, meias verdades e muita insensatez."
Cecília Meireles

Vivemos eternamente adquirindo convicções novas e num eterno trabalho de reeducação de nós mesmos.
Mário de Andrade

domingo, 11 de setembro de 2011

Problema de um é problema de todos


Fábula de Esopo

O Rato e a Ratoeira



Numa planície da Ática, perto de Atenas, morava um fazendeiro com sua mulher; ele tinha vários tipos de cultivares, assim como: oliva, grão de bico, lentilha, vinha, cevada e trigo.
Ele armazenava tudo num paiol dentro de casa, mas  quando notou que seus cereais e leguminosas, estavam sendo devoradas pelo rato, o  velho fazendeiro foi a Atenas vender partes de suas cultivares e aproveitou para comprar uma ratoeira.
Quando chegou em casa, adivinha quem estava espreitando?


Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que haveria ali. 

Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu para a esplanada da fazenda advertindo a todos:
 

- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa !


A galinha disse:
 

- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.


O rato foi até o porco e disse:
 

- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!


- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranquilo que o Sr. Será lembrado nas minhas orações.
O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse:
 

- O quê ? Uma ratoeira ? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira. Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima. 
A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pegado. 

No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pegado a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher…
O fazendeiro chamou imediatamente o médico, que avaliou a situação da esposa e disse:
<! - Sua mulher está com muita febre e corre perigo.


Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha.
O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal. 

Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. 


Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco. 

A mulher não melhorou e acabou morrendo. 


Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo. 



Moral:

“Na próxima vez em que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar em que o problema não lhe diz respeito, lembre-se de que quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco.
O problema de um é um problema de todos.”

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