Os princípios verdadeiros podem ser bem diferentes dos nossos ...

Os princípios verdadeiros pelos quais devemos viver podem ser bem divergentes dos que cremos, podendo ser sofismas inventados pelos homens: sombras da verdade ou fragmentos dela.
A identidade do homem é construída por meio de certos contextos sociais, culturais e históricos, porém o Eterno está no contexto da humanidade absolutamente. Quando atinamos com isso, passamos da morte para a vida.
Nesta página poderemos refletir e argumentar, para descobrirmos se estamos vivendo a VERDADE, essa que é absoluta e que não depende de quaisquer pontos de vista.







"Não deixe portas entreabertas. Escancare-as ou bata-as de vez. Pelos vãos, brechas e fendas passam apenas semiventos, meias verdades e muita insensatez."
Cecília Meireles

Vivemos eternamente adquirindo convicções novas e num eterno trabalho de reeducação de nós mesmos.
Mário de Andrade

domingo, 3 de julho de 2011

xamanismo eletrônico

Se quisermos buscar o contato direto com a espiritualidade, escolheremos entrar no Santo dos Santos, racional e conscientemente, sem perdermos o controle dos nossos pensamentos, pelo Espírito Santo que nos confere a mente de Cristo.
Se quisemos buscar a espiritualidade mística que nos leva ao estado de transe inconsciente onde perdemos o controle dos pensamentos, também, encontramos por aí uma mesa farta que vai desde a meditação transcendental, umbanda, espiritismo, xamanismo, pajelança, invocação de espíritos ancestrais, trance, música eletrônica, cultos em que pessoas caem e rolam, até  tudo o que aja nos sentidos e nas emoções.
A escolha é nossa. Ou sabemos o que estamos fazendo e quem nós estamos buscando, ou não. Ou nos entregamos ao desconhecido, ou conhecemos e continuamos a conhecer a Deus com inteligência.

Qual é a relação entre a cultura dos povos antigos e as recentes festas de música eletrônica?
A música eletrônica apresenta sons com propriedades alucinógenas muito similares às das drogas, O som eletrônico tem características próprias que provocam fenômenos distintos, incluindo o poder de provocar manifestações muito regressivas.
As luzes que constantemente mudam de cor e intensidade perturbam a capacidade de orientação e os reflexos naturais. Quando a alteração entre luz e escuridão, acontece entre seis a oito vezes por segundo, o senso de profundidade é seriamente prejudicado. Se isto ocorre 26 vezes por segundo, as ondas alfa do cérebro se alteram e a capacidade de concentração é enfraquecida. Caso a freqüência de alteração entre luz e escuridão ultrapasse esse valor e perdure por um tempo considerável, o controle da pessoa sobre os sentidos pode cessar completamente.
A combinação das luzes e do som intensifica os efeitos do ritmo, porque o corpo não consegue decidir se os ritmos que estão sendo recebidos são compatíveis com o seu próprio.
O segredo por detrás da manipulação rítmica é encontrado nas ondas de som e luz que afetam o sistema nervoso, agindo como choques sequenciais nos músculos, fazendo com que os braços e as pernas se movam. Isto explica por que as pessoas, numa balada, acham difícil resistir ao desejo de se moverem. Para permanecer imóvel seria necessário um considerável esforço restritivo.

Músicas, cujo som é amplificado, induzem a um certo estado hipnótico de sobre-estimulação sensorial, sendo, por isso, que a música eletrônica de sucesso é tão, monótonamente, parecida. São como os atabaques das danças tribais. De certa forma é uma "hipnose límbica", pois só apela à emoção.

Pontos em comum entre festas de música eletrônica e rituais indígenas

- estados alterados de consciência (transe, êxtase, hipnose, telepatia etc.)
- ambiente imersivo (música alta, luzes, decoração etc.)
- música repetitiva
 - mantra
- DJ como xamã (orientador da energia coletiva)
- jornada xamânica
- experiência religiosa (transcendência)
- experiência psicossomática
- drogas

Se fizermos uma análise das relações entre música eletrônica de pista e xamanismo, descobriremos que elas se concentram, principalmente, na produção de uma experiência de transe pela imersão em um ambiente sonoro intenso, repetitivo e técnico.
Os shows de música eletrônica, tais quais os chamados “Skol sensation” nada mais são dos que um retorno ao xamanismo tribal. O apelo é o mesmo, só mudando a tecnologia, causando a falsa impressão de que o homem pós-moderno domina a máquina que provoca a sensação de euforia, antes o atabaque e o tambor, agora o vinil e as caixas de som em que o xamã é o DJ. Ele é o pajé que comanda a produção dos estados de transe maquímicos.
O processo só se modernizou com o aparato da tecnologia. Ao invés de chocalhos, são picapes computadorizadas.
Já dizia Lavoisier: nada se cria, tudo se transforma.
Na tradição indígena, o xamã é o mediador entre o mundo dos vivos e o mundo espiritual. E para chegar ao outro plano usam plantas com propriedades químicas que alteram a percepção.
Como se fosse um xamã, o DJ convida as pessoas a se entregarem a um ritual coletivo da dança. Com seu set-list, manipula os sons. É um chanceler da vibe da galera.
Ir a uma festa eletrônica é uma experiência multisensorial, pois o ambiente e as batidas sequenciais fazem com que você entre em estado de transe.
E se, antes, existiam, Rituais Tribais coletivos, hoje, no século XXI, temos um DJ que coloca suas batidas volumosas, sumamente sintéticas, ritmadas para a pessoa dançar em um frenesi total, e isto sem parar, por horas, ou dias, ininterruptos
Nas festas de música eletrônica, o corpo é interpretado com base nos seus signos comunicantes: vestimenta, acessórios, movimentos do corpo, contato tátil, expressões corporais, interações entre o público e o DJ, entre o DJ e o público, gestos, falas expressivas das emoções. É por meio de tais signos que a comunicação corporal e o sentimento de comunhão entre os participantes ocasionam o desenvolvimento da sociabilidade dentro do local festivo com alteração no estado de humor dos dançantes.
Os festivais de música eletrônica combinam assim fatores de forte carga simbólica que desembocaram num tipo de performance onde a busca de êxtase é considerada o principal objetivo comum. Através do relacionamento de fatores como estímulos sensoriais, performance e consumo de substâncias psicoativas, os participantes experimentam fortes sensações que os induziriam a este estado particular de euforia.

Portanto, os tolos seres humanos, que vivem em busca do prazer para preencher seus corações, continuam usando as “mesmas” ferramentas tribais. Querem mudar de dimensão e atingir o mundo espiritual, usando subterfúgios que só provocam mais vazio, quando saem do transe.
A cada ritual tornam-se mais cativos das sensações que o êxtase produz, porque a euforia dura só um instante e os liberta da realidade cruel do mundo em que vivem só por um momento.

A euforia e o êxtase eternos só são atingidos na presença de Deus e, para conseguirmos entrar neles, tendo a consciência racionalmente limpa (pelo sangue), sem a necessidade do transe hipnótico (expiação mentirosa transitória), existe um único caminho: crer que o sacrifício do Filho de Deus é a expiação verdadeira e eterna.
Não há nada de novo debaixo do sol...
É uma pena que Deus tenha criado as coisas simples, mas que o homem prefira as invenções. É uma pena, ele não conseguir acreditar que não há necessidade de fazer nada, só crer.




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3 comentários:

  1. “Então a virgem se alegrará na dança...” Jer31:13. Sempre gostei de dançar... Com 2 anos a empregada fugiu comigo quando passou um bloco de carnaval de rua e só voltou de madrugada.. é incrível, mas me lembro disso! Freqüentei muitas baladas, até a Paris fui para conhecer a mais famosa delas. Mas nada foi mais maravilhoso quando conheci Jesus e senti a alegria que é dançar para Ele, na presença Dele, motivada pelo desejo de adora-Lo com meu corpo, alma e espírito! Como alguém que já viveu muitos momentos parecidos com esses dos vídeos, testifico as palavras da Sidoaka, só mesmo na presença de Deus preenchemos nosso vazio e encontramos uma alegria durodora e prazer que nos realiza e renova!

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  2. Cidoquinha, eu tinha certeza de que havia algo muito estranho e errado nas baladas eletrônicas. Ao escutar musica eletrônica, eu me sinto agredida! É uma violência para mim. Sempre foi. Como nunca bebi, nas poucas vezes em que estive numa balada eletrônica, pude observar o público estando sóbria. A impressão que tive é de que estava em uma selva, cheia de animais irracionais. Uma coisa tenebrosa! Que a minha sinceridade não ofenda, a intenção não é esta. Beijos. Parabéns pelo post!

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  3. Realmente não há nada de novo debaixo do sol. Enquanto as coisas de Deus são simples, perfeitas e claras, o adversário continua tentando ludibriar os seres humanos, anestesiando suas mentes para que não se revelem os caminhos do verdadeiro e único Deus. Parabéns, Sidoaka! Beijos!

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