Os princípios verdadeiros podem ser bem diferentes dos nossos ...

Os princípios verdadeiros pelos quais devemos viver podem ser bem divergentes dos que cremos, podendo ser sofismas inventados pelos homens: sombras da verdade ou fragmentos dela.
A identidade do homem é construída por meio de certos contextos sociais, culturais e históricos, porém o Eterno está no contexto da humanidade absolutamente. Quando atinamos com isso, passamos da morte para a vida.
Nesta página poderemos refletir e argumentar, para descobrirmos se estamos vivendo a VERDADE, essa que é absoluta e que não depende de quaisquer pontos de vista.







"Não deixe portas entreabertas. Escancare-as ou bata-as de vez. Pelos vãos, brechas e fendas passam apenas semiventos, meias verdades e muita insensatez."
Cecília Meireles

Vivemos eternamente adquirindo convicções novas e num eterno trabalho de reeducação de nós mesmos.
Mário de Andrade

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Ser em tempos de não ser (de Fábio Teixeira)

VALE A PENA LER

Fabio Teixeira
Ser em tempos de não ser - Evangelicalismo e pós-modernidade
(...)
• Quanto às igrejas e à Igreja
Estes são dois valores completamente diferentes que podem, ou não, se encontrar na mesma realidade. As igrejas são organizações religiosas regidas por seus estatutos e geridas de acordo com a forma de governo eleitos como sendo melhores para si. As igrejas, como qualquer outra organização, vivem no universo dos homens, portanto são humanas. A Igreja é um organismo composto por gente que se encontrou com Jesus e por Ele foi encontrada. Gente que, em nome dEle, se encontra uma com as outras e reúne-se. A Igreja de Jesus são pessoas, independendo de quantidade e postos hierárquicos. As hierarquias são realidades organizacionais. O problema está na confusão entre igrejas e Igreja, aliás, confusão muito comum nestes dias em que tudo toma moldes institucionais para existir. As igrejas propõem a espiritualização do que é humano e humaniza o que espiritual. Espiritualizam-se os cargos e títulos como se fossem parte de uma realidade celestial, portanto, crescer dentro de uma organização é visto como crescer espiritualmente. Quem já viveu isto sabe bem que não há nada de espiritual na corrida pelos títulos e no status das hierarquias. Tudo isso é extremamente humano. Por outro lado, os ministérios são regidos por estes títulos e cargos, e dessa forma não se enxerga o exercício ministerial fora dos padrões organizacionais, assim, as igrejas regem os ministérios de acordo com o seu formato e interesse. Ministério é serviço, é coisa da Igreja, é função no Corpo e não requer título ou posição hierárquica, é apenas servir. Aqui temos apenas um exemplo de humanização do que é espiritual. As igrejas podem ou não congregar a Igreja, e isso é coisa que ninguém pode julgar. Quem é Igreja, simplesmente é. Seus frutos de amor pelo Senhor é que testemunham isso. A Igreja pode reunir-se em qualquer lugar, não precisa de um lugar sagrado, já que o lugar santo é ela mesma: gente feita santa pela graça de Jesus. As igrejas defendem seus ideais e interesses; a Igreja só tem um ideal e interesse: Jesus. As igrejas levantam suas bandeiras, dogmas e slogans; a Igreja só levanta o Evangelho. As igrejas perseguiram e perseguem seus inimigos; a Igreja aprende que é preciso amar os inimigos e orar por eles, fazendo assim com que o vulto da inimizade termine. (...)
©2010, Fabio Teixeira Rebôla
1º Edição
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