Os princípios verdadeiros podem ser bem diferentes dos nossos ...

Os princípios verdadeiros pelos quais devemos viver podem ser bem divergentes dos que cremos, podendo ser sofismas inventados pelos homens: sombras da verdade ou fragmentos dela.
A identidade do homem é construída por meio de certos contextos sociais, culturais e históricos, porém o Eterno está no contexto da humanidade absolutamente. Quando atinamos com isso, passamos da morte para a vida.
Nesta página poderemos refletir e argumentar, para descobrirmos se estamos vivendo a VERDADE, essa que é absoluta e que não depende de quaisquer pontos de vista.







"Não deixe portas entreabertas. Escancare-as ou bata-as de vez. Pelos vãos, brechas e fendas passam apenas semiventos, meias verdades e muita insensatez."
Cecília Meireles

Vivemos eternamente adquirindo convicções novas e num eterno trabalho de reeducação de nós mesmos.
Mário de Andrade

domingo, 20 de novembro de 2011

Estamos prontos para a liberdade?

Minha leitura de Hobbes...
"toda e qualquer associação parte da lógica do benefício próprio (...) os homens se associam ou pela glória ou pelo lucro (...) tendência natural de autopreservação."
A estrutura eclesiástica se torna um monstro que nos engole, na medida em que é alimentada por nossas frustrações, paradigmas humanos, ambição, sede de poder e de glória, sendo que o poder que é conferido ao clero é dado com o consenso de todos.
Como um animal de estimação que cuidamos e alimentamos, ela se volta contra nós com uma voracidade mortal, quando adoece pela raiva, bactéria letal: desejos reprimidos à força.
Para se manter viva, ataca, deixando feridos homens e mulheres que um dia deram sua vida por ela. Quanto mais se alimenta e cresce, mais se torna invencível, daí os fins justificam os meios, maquiavelicamente.
O erro está justamente nisto:
Esquecemos do ser humano e passamos a dar mais valor ao sistema do que a nós mesmos e ao próximo; inventamos normas e elegemos um clero para nos governar. Esquecemos de que e o valor não está no sistema, mas no indivíduo, na pessoa (...) subir em sua opinião própria, quando se compara com os defeitos e deficiências de outrem (...)
Jesus foi condenado e morto pelo sistema, pela lei, pela hipocrisia dos doutores e mestres. Entretanto, ressuscitou pelo homem, por amor ao homem, provando que, pelo próximo, devemos romper com toda a estrutura: ninguém tem maior amor do que este, de alguém dar a vida por seus amigos.
No reino de Deus não existe hierarquia, existe o negar-se a si mesmo e o serviço, porém, ainda, não conseguimos entender que esta é a liberdade com que Cristo nos libertou. Necessitamos de um governo visível, eleito, ou não, por nós mesmos, que tome o lugar de Cristo, a fim de que nos sintamos seguros, que nos fale o que devamos fazer.
Somos incrédulos, não temos fé na presença de Deus dentro de nós, na pessoa do Espírito. Cremos muito mais nas regras humanas do que no sermos guiados pelo Espírito. Voltamos a cometer o mesmo erro que o povo de Israel cometeu ao pedir um rei.
Rejeitamos o Rei, preferimos eleger um líder (ou líderes) que governe sobre nós e, assim, somos levados para o cativeiro e ali permanecemos, clamando pelo Messias que já veio, trazendo consigo o Caminho, a Verdade e a Vida.
Não compreendemos que o Reino de Deus não é desse mundo, portanto, nossas regras e nossas obras não possuem valor algum para Deus, sendo que as regras de Deus, se é que podem ser chamadas de regras, só podem ser cumpridas pelo Espírito Santo em nós.
Será que estamos prontos para a liberdade? A de nos alimentarmos da Árvore da Vida, mesmo sabendo que exista uma outra árvore (agradável aos olhos) que nos traga conhecimento, segurança, poder e glória?
Eu me faço essa pergunta, diariamente, clamando para que Deus renove a minha maneira de pensar.

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