Os princípios verdadeiros podem ser bem diferentes dos nossos ...

Os princípios verdadeiros pelos quais devemos viver podem ser bem divergentes dos que cremos, podendo ser sofismas inventados pelos homens: sombras da verdade ou fragmentos dela.
A identidade do homem é construída por meio de certos contextos sociais, culturais e históricos, porém o Eterno está no contexto da humanidade absolutamente. Quando atinamos com isso, passamos da morte para a vida.
Nesta página poderemos refletir e argumentar, para descobrirmos se estamos vivendo a VERDADE, essa que é absoluta e que não depende de quaisquer pontos de vista.







"Não deixe portas entreabertas. Escancare-as ou bata-as de vez. Pelos vãos, brechas e fendas passam apenas semiventos, meias verdades e muita insensatez."
Cecília Meireles

Vivemos eternamente adquirindo convicções novas e num eterno trabalho de reeducação de nós mesmos.
Mário de Andrade

quarta-feira, 2 de março de 2011

Mais de Frank Viola: para refletir.

Frank Viola na conclusão de seu livro Quem é a tua cobertura:
Quando nosso Senhor estava na terra, os líderes religiosos de Seu tempo o acossaram com a polêmica pergunta: “Com que classe de autoridade fazes estas coisas? E quem te deu esta autoridade?” (Mat. 21:23).
Ironicamente, não poucos da classe dirigente religiosa de nossos dias estão fazendo a mesma pergunta aos singelos grupos que se reúnem em torno de Cristo nada mais -- sem controle clerical ou facção denominacional. ”Quem é tua cobertura?” é essencialmente a mesma pergunta que “Com que autoridade fazes isto?”.
Como mostrei, esta pergunta tem sua origem numa falsa interpretação da Escritura. No fundo, a noção moderna de “cobertura” eclesiástica é um eufemismo mal dissimulado de “controle”. Por esta razão, é uma pobre representação da ideia de Deus da sujeição mútua. Representa, ademais, um enorme desvio do princípio do NT.
            Enquanto os que seguem o exemplo da igreja institucional agarram-se a ela com unhas e dentes, todos os Cristãos do primeiro século, sem dúvida, repudiariam essa “cobertura”.
As divisões ideológicas, heresias doutrinais, independência anárquica e o subjetivismo individualista são problemas severos que atormentam ao Corpo de Cristo em nossos dias. Mas a
“cobertura” denominacional/clerical é uma má medicina para purgar a patologia destes males.
O ensino da “cobertura” é em realidade um sintoma do mesmo problema, disfarçado de solução. Como tal, agrava os problemas tenazes do individualismo e da independência, desfazendo a distinção entre autoridade oficial e orgânica. Cria uma falsa sensação de segurança entre os crentes e introduz mais divisões no Corpo de Cristo. Isto é tão grave que o ensino da “cobertura” inocula ao sacerdócio dos crentes, impedindo-lhe que assuma a responsabilidade ordenada por Deus para funcionar em assuntos espirituais. Deliberadamente ou não, a “cobertura” enche de temor os corações de multidões de Cristãos quando afirma que aquele que assumir uma responsabilidade individual nas coisas espirituais sem a aprovação de um clérigo “ordenado” será presa fácil do inimigo!
Os clérigos de hoje em dia passam muito tempo tratando de vender a ideia de que são necessários para teu bem-estar espiritual. Asseguram que são essenciais para prover direção e estabilidade na igreja. Trata-se do velho sermão de “sem visão o povo perece”. Mas é habitualmente a visão isolada do clérigo, sem a qual se perece irremissivelmente!
Deste modo, o ensino da cobertura contém uma ameaça implícita de que os “descobertos” serão culpados de todas as coisas horríveis que lhes ocorrerão. Poucas coisas paralisam tanto o ministério do Corpo que a doutrina da “cobertura”.
Consequentemente, se tratamos de remediar os males da igreja empregando a técnica da “cobertura”, terminaremos com um mal pior do que as doenças que se pretendia curar.
Em outras palavras, o ensino da cobertura traz consigo tons, texturas e ressonâncias muito específicas que pouco têm que ver com Jesus, Paulo ou qualquer outro apóstolo. Ainda que aparente uma nuance peculiarmente moderna, é alheia ao método eleito pelo qual Deus mostra Sua autoridade.
O antídoto espiritual para os males da heresia, independência e individualismo não é a “cobertura”, mas a sujeição mútua ao Espírito de Deus e de uns para com os outros por reverência a Cristo. Nada menos que isto pode proteger ao Corpo de Cristo. Nenhuma outra coisa poderá sanar suas chagas abertas.

Traduzido para o Português por Railton de Sousa Guedes
Copyrights 2005 (Present Testimony Ministry)

3 comentários:

  1. Oi Cidoca!

    Sempre aproveitei muito o fato da sua amizade me fazer pensar, me ensinar coisas novas, me inspirar a entender a razão de ser de tantas situações da vida. Esse tema mexeu comigo. Vamos precisar conversar pessoalmente. Bjs

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  2. Oi Ana, conforme coloquei, é pra refletir e questionar. Será ótimo conversarmos.
    Bjs

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  3. "Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo" Ef:5:21

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