Os princípios verdadeiros podem ser bem diferentes dos nossos ...

Os princípios verdadeiros pelos quais devemos viver podem ser bem divergentes dos que cremos, podendo ser sofismas inventados pelos homens: sombras da verdade ou fragmentos dela.
A identidade do homem é construída por meio de certos contextos sociais, culturais e históricos, porém o Eterno está no contexto da humanidade absolutamente. Quando atinamos com isso, passamos da morte para a vida.
Nesta página poderemos refletir e argumentar, para descobrirmos se estamos vivendo a VERDADE, essa que é absoluta e que não depende de quaisquer pontos de vista.







"Não deixe portas entreabertas. Escancare-as ou bata-as de vez. Pelos vãos, brechas e fendas passam apenas semiventos, meias verdades e muita insensatez."
Cecília Meireles

Vivemos eternamente adquirindo convicções novas e num eterno trabalho de reeducação de nós mesmos.
Mário de Andrade

terça-feira, 1 de março de 2011

Sobre o eu... 5a parte

1) Fui crucificado com Cristo
        Este é o primeiro pré-requisito. Mas o que significa isso? Por que Deus me crucificou?
Rm. 6:3,5-6
Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em sua morte? Se dessa forma fomos unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição. Pois sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não mais sejamos escravos do pecado
        Fui crucificado com Cristo significa que estou morto, pois me uni a Ele na Sua morte. Quando fui batizado em Cristo pela fé, a morte dele foi a minha morte. O meu “velho homem” – aquilo que eu realmente sou por natureza, o meu ser natural – foi pregado na cruz com o Senhor Jesus para que não sirva mais ao pecado que está dentro de mim.
        O que Deus espera de um morto? O que Ele quer que um morto faça? Que ordem ele quer que um morto obedeça? Qual o padrão de Deus para um morto? Qual a utilidade de um morto?
        Temos de compreender o seguinte: se Deus nos crucificou, é por que Ele olhou para nós e não viu nada que pudesse ser aproveitado (Rm3:23), nada que fosse bom (Rm7:18), nada que o agradasse. Só restava fazer uma coisa: crucificar. Se houvesse algo de bom em nós Deus não nos teria crucificado! Ele desistiu de nós, nos declarando inúteis, corruptos e desprezíveis.
        Mas por que?! Será que somos mesmo assim?! Vou te contar a história de um querubim (Is14:12-15), criado belo, sábio e formoso, mas que por orgulho e egoísmo se revoltou contra Deus. Ele foi banido dos céus, destituído de toda virtude e tornou-se a personificação de todo mal: Lúcifer ou Satanás ou o Diabo.
        Esse Anjo Caído passeou pelo Éden e plantou no coração do homem a sua diabólica semente - orgulho, egoísmo e rebeldia (Gn3:1-6), causando uma catástrofe em toda a raça humana (Rm5:12) corrompendo sua natureza, a estrutura interior do homem. Essa semente passou a todos os homens, inclusive eu e você. A natureza humana é diabólica
        Agora quero dizer algo pesado, mas que é a pura verdade: o tanto de orgulho que existe em você é o tanto de Anjo Caído que existe em você. O tanto de egoísmo e rebeldia que existe em você é o tanto de Satanás que existe em você. Ou existe alguma outra raiz para estes frutos?
        Por isso Deus nos crucificou. Ele não depositou nenhuma esperança na natureza humana caída, Ele a crucificou, matando o velho homem com seus feitos.
        A obra consumada da cruz foi realizada pelo Senhor Jesus, mas a aplicação desta obra na vida do crente ficou a cargo do Espírito Santo. É Ele que dia após dia opera esta obra em nós.
        Que eu estou morto com Cristo é um fato consumado. Não precisamos pedir a Deus que nos crucifique ou nos ajude a morrer. Ele já fez esta obra. Porém, somente pela FÈ é que esta morte se torna realidade para nós.
        A cruz é onde você não vive mais. Está morto. Se Deus desistiu de você, você deve render-se e desistir também. NÃO TENTE VIVER A VIDA CRISTÃ NAS SUAS PRÓPRIAS FORÇAS. Você deve reconhecer duas coisas:
A) Eu não posso!
B) Eu não vou nem tentar!
        Enquanto você não reconhecer sua incapacidade ira continuar tentando (e sempre fracassando). Por exemplo:
        “Se alguém lhe ofende, agride ou despreza, o sangue sobe até a cabeça, mas você resiste e não revida. A pessoa lhe ofende novamente, e você resiste. Parece que tudo vai bem, mas até quando? Até que ponto? Quanto VOCÊ agüenta?”
        Se é assim, você ainda confia em si mesmo e logo vai explodir. Você deve se render ao veredito que Deus deu a seu respeito:
“Você é incapaz, por isso te crucifiquei”
        Enquanto confiarmos em nós mesmos para atingir o padrão de Deus, para ser santos, para ser humildes, para amar, etc. Ele irá permitir fracasso sobre fracasso, até que confiemos somente em Jesus e vivamos pela sua vida para que toda a glória da vitória seja Dele.
2Co. 4:7
        Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós.
        Temos que nos desesperar de nós mesmos e depositar toda nossa esperança em Jesus. Isso vale para todas áreas da nossa vida. Por exemplo:
        “Não devemos nos esforçar para amar como Jesus, mas sim, renunciar a nossa maneira da amar, reconhecer que somos incapazes de amar e deixar Cristo amar em nós.”
        O mesmo vale para orar, falar, reagir, perdoar, frutificar, ministrar, pensar, etc. porque Cristo em nós é a esperança da glória.
continua...

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