Maldito o homem que confia no homem, que faz da carne mortal o seu braço e que aparta o seu coração do Senhor. Jeremias 17:5
Não devo acusar ninguém, pois eles já possuem quem os acuse.
Não serei eu a “diaballo” nem a “kakodaimon”, ou seja, acusadora, caluniadora ou enganadora nem a maliciosa.
Porém, há certas coisas que merecem ser denunciadas ou questionadas.
Não acredito em hierarquia eclesiástica. Todos fomos feitos reis e sacerdotes e todos somos cooperadores com Cristo. O modelo institucional atual é o mesmo da Idade Média, cujos líderes abusavam do poder até para queimar seus hereges na fogueira.
Questiono esse tal de óleo de unção, que é amuleto para muitos, cada um de uma cor e com determinada finalidade, cuja autoridade tem de ser passada por alguém superior. Denuncio essa reza pagã do revestimento da armadura de Deus, encenando vestir peça por peça. Desconfio deste tal de ministério de cura e libertação, que nada mais é do descobrir os pecados das ovelhas e fazer do ministro o espião dos irmãos. É o confessionário da igreja católica, vestido com outra roupagem. É a psicologia da regressão nas mãos de pessoas sem formação acadêmica ou cultural.
Acredito no poder da oração, mas na unção com óleo que seja de maneira muito equilibrada.
Denuncio estes homens que se colocam debaixo de uma redoma “espiritual”, cuja desculpa seja o chamado para obra de tempo integral, que abusam do direito de mandar nos voluntários que trabalham secularmente a semana inteira, para serem explorados nos departamentos da “igreja” seja a hora em que for a seu bel prazer. Eles não fazem o trabalho deles, mas criticam os que fazem.
Denuncio estes homens assalariados, que abusam do povo, exigindo dízimos e ofertas dos pobres de espírito, transformando-os em massa irracional em suas campanhas de cura e libertação, tais como “shows” da fé com entrevistas. Denuncio esses tais que vendem algemas de papel e martelinhos de plástico e tudo o mais para serem usados como amuletos, substituindo o poder do Deus invisível.
Não acredito nestes homens ou mulheres que se vendem por dinheiro em nome de Deus. Eles gastam o tempo que era para ser usado para pregar o evangelho, mas o usam para extorquir “profeticamente” o dinheiro de gente crédula que está em busca de esperança.
Denuncio este povo que corre atrás de sinais e maravilhas, enganando-se a si mesmos. Multidões que seguem os “homens santos” por causa do pão.
Denuncio a hierarquia empresarial eclesiástica cujo percurso vai de ovelha à patriarca, passando pelos títulos de ministros, pastores, profetas, adoradores, conselheiros e presidentes, sem contar com os vendedores e gerentes. A “elite santa” viaja, possui celulares corporativos, laptops e assim por diante, afinal de contas são donos do rebanho e dos templos.
Denuncio o rito que começa com o louvor, vindo, depois, a palavra, o apelo, os dízimos, os avisos e o último cântico, tudo isso com direito ao estrelismo dos cantores com muita reverência.
Denuncio essa “elite santa” que se senta atrás da mesa nas salas pastorais, cujas secretárias marcam a hora do atendimento em suas agendas empresariais, como se fossem diretores da igreja. Denuncio essas secretárias bajuladoras que escolhem quem pode ou não ser atendido pelo chefe. Denuncio essas secretárias que se deixam enganar pelos chefes, usando o dinheiro das ovelhas para agendar viagem de férias e passeios pela Europa e EUA com a desculpa de trabalho missionário.
Denuncio as campanhas fraudulentas, convenientes para alguns, de oração e jejum cuja finalidade seja fechar o calendário ou mostrar serviço, apresentando o relatório de seus feitos.
Desconfio destes senhores e senhoras que não sabem o que é ética, que copiam livros ou CDs e que usam o discurso de outrem sem acrescentar a referência.
Não confio em vocês, homens e mulheres que correm atrás de títulos eclesiásticos para, em seguida, desprezar os pequeninos quando andam com seguranças, não deixando ninguém os tocar.
Denuncio vocês homens e mulheres que se reúnem em suas conferências particulares, tornando-se “elite santa” e intocável, julgando quem é e, quem não é, de Cristo. Panelas evangélicas com nome de ministérios.
Não aceito essa tal infalibilidade papal, estendida aos evangélicos, que escandaliza os pequeninos, mas que não possui a coragem e, muito menos, a humildade para reconhecer o erro e pedir perdão, devendo pagar todos os preços para sanar o erro, deixar as 99 (seus ministérios e seus seguidores) para ir buscar a perdida.
Não acredito nem em reforma nem em desconstrução, desconfio que só haja um jeito: demolição. Por abaixo e construir outro, jamais reconstruir, usando as mesmas pedras, porém construir, usando o único fundamento que é Cristo.
Não acredito nesses que constroem templos faraônicos para justificar a arrecadação dos fiéis. Deus não habita em templos feitos por mãos humanas, quiçá corruptas!
Não acredito em vocês líderes midiáticos, que brigam entre si, buscando fama e querendo ser donos da verdade. Não acredito nesse modismo deísta ou teísta cujas discussões não levam ninguém a Cristo. Esses são teólogos da pós-modernidade, que relativizam tudo, incrédulos que disseminam a incredulidade por meio dos livros, da internet e da televisão. Vocês que não se deixam mais admoestar, que julgam toda a cristandade como se fossem a medida de todas as coisas, colocando-se acima do bem e do mal.
Oro para que Deus tenha misericórdia desses e de tudo o que descrevi acima, para que haja arrependimento, antes que seja tarde, pois o Dia do Senhor vem como o ladrão da noite. Que todos esses, que estão “dormindo na luz”, acordem desse sono maligno o mais breve possível para que não ouçam do Senhor: nunca vos conheci, apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.
Que o Senhor me guarde deles ou de me tornar um deles.
Acredito num remanescente que tem colocado sua confiança em Cristo, pois tenho encontrado muitos que possuem essas mesmas questões, que não se macularam com essas mulheres (igrejas ou doutrinas), mas que são primícias para Deus e para o Cordeiro.
Então ele me levou em espírito a um deserto; e vi uma mulher montada numa besta cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e que tinha sete cabeças e dez chifres. A mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas; e tinha na mão um cálice de ouro, cheio das abominações, e da imundícia da prostituição; e na sua fronte estava escrito um nome simbólico: A grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra. E vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue dos mártires de Jesus. Apocalipse – o livro da Revelação- 17:4 a 6. Porque todas as nações têm bebido do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias. Ouvi outra voz do céu dizer: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Porque os seus pecados se acumularam até o céu, e Deus se lembrou das iniquidades dela. 18:3 a 5.
Uns confiam em carros (na ciência) e outros em cavalos (nos homens), mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus. Salmo 20:7
Ao único Deus, e só a Ele, seja toda a glória e toda a honra e todo o louvor!
Cidoca, o mundo só pode estar acabando, pois pior do que está, é difícil ficar. Sinto dor no meu coração ao notar pessoas que usam o nome do Senhor em seu próprio benefício nessas diversas formas que vc descreveu. É uma lástima indizível!
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