Para que saibamos de onde vem essa expressão popular e para todos aqueles que já se sentiram assim:
Heleida Nóbrega
http://proportoseguro.blogspot.com/2008/11/fbulas-de-esopo.html
A ovelha negra
Era uma vez uma ovelhinha diferente das suas irmãs de rebanho: era negra. Por isso, era desprezada e sofria todo tipo de maus tratos. As outras lhe davam mordidas, patadas; procuravam colocá-la em último lugar no rebanho. Quando estavam num prado pastando, o rebanho inteiro tentava não deixar que a ovelhinha negra provasse uma ervazinha sequer. Dessa forma, sua existência era horrível.
Farta de tanto desprezo, a ovelhinha negra afastou-se do rebanho. Durante muito tempo vagou sem rumo pelo bosque. Quando anoiteceu, exausta, a ovelhinha deitou-se, sem perceber, em um monte de farinha, onde dormiu.
Ao raiar o dia, acordou e viu, cheia de surpresa, que se havia transformado em uma ovelha muito branca, imaculada. Voltou então ao seu rebanho, onde foi muito bem recebida e proclamada rainha, pela sua bela aparência.
Naquela ocasião, estava sendo anunciada a visita do príncipe dos cordeiros, que vinha em busca de uma esposa.
O príncipe foi recebido no rebanho com grandes honras. Enquanto ele observava as ovelhas que formavam o rebanho, desabou uma violenta tempestade. A chuva dissolveu a farinha que cobria o pelo negro de nossa ovelhinha, e ela recuperou sua cor natural.
Quando a viu, o príncipe resolveu que seria a escolhida. As outras ovelhas perguntaram por quê.
- É diferente das outras. E isso, para mim, é suficiente.
Assim, a ovelhinha negra tornou-se princesa e teve, finalmente, o destino justo que merecia.
O Pai das FábulasEra uma vez uma ovelhinha diferente das suas irmãs de rebanho: era negra. Por isso, era desprezada e sofria todo tipo de maus tratos. As outras lhe davam mordidas, patadas; procuravam colocá-la em último lugar no rebanho. Quando estavam num prado pastando, o rebanho inteiro tentava não deixar que a ovelhinha negra provasse uma ervazinha sequer. Dessa forma, sua existência era horrível.
Farta de tanto desprezo, a ovelhinha negra afastou-se do rebanho. Durante muito tempo vagou sem rumo pelo bosque. Quando anoiteceu, exausta, a ovelhinha deitou-se, sem perceber, em um monte de farinha, onde dormiu.
Ao raiar o dia, acordou e viu, cheia de surpresa, que se havia transformado em uma ovelha muito branca, imaculada. Voltou então ao seu rebanho, onde foi muito bem recebida e proclamada rainha, pela sua bela aparência.
Naquela ocasião, estava sendo anunciada a visita do príncipe dos cordeiros, que vinha em busca de uma esposa.
O príncipe foi recebido no rebanho com grandes honras. Enquanto ele observava as ovelhas que formavam o rebanho, desabou uma violenta tempestade. A chuva dissolveu a farinha que cobria o pelo negro de nossa ovelhinha, e ela recuperou sua cor natural.
Quando a viu, o príncipe resolveu que seria a escolhida. As outras ovelhas perguntaram por quê.
- É diferente das outras. E isso, para mim, é suficiente.
Assim, a ovelhinha negra tornou-se princesa e teve, finalmente, o destino justo que merecia.
ESOPO O Pai das Fábulas viveu na Grécia, aproximadamente entre os anos 570 e 620 a.C., ou seja, por volta do século VI a.C. (antes de Cristo). Responsável pela transformação da fábula em gênero literário, Esopo é tido como o criador do menor texto em prosa do mundo. De origem Frígia, região da Ásia Menor na Antiguidade, foi aprisionado na guerra entre Frígios X Helenos, tornando-se escravo da nobreza grega. Deixou como legado 358 fábulas, a quem os estudiosos atribuem como de sua autoria. No mundo antigo, os povos viviam em guerras internas, e os que perdiam tornavam-se escravos. Muitos deles eram homens cultos, cientistas, letrados, que pertenciam à nobreza estrangeira e ao exército. Esopo foi um deles: culto, sábio e cientista. Era um educador e um dos primeiros pedagogos (em grego: o que leva a criança), que se tem notícia. Contava histórias em praça pública para o povo. Pequenas historietas recolhidas na Pérsia e na Frígia, sempre com um ensinamento ético e moral. Muito prestigiado pelos atenienses, foi um hóspede brilhante na cidade, o que lhe valeu uma estátua esculpida pelo célebre artista Lisipes. Era a estátua de um homem normal, contudo, há lendas que falam que o pai das fábulas era disforme, "... o mais feio de seus contemporâneos, cabeça em ponta, nariz esborrachado, pescoço muito curto, lábios salientes, tez escura, barrigudo, pernas tortas, encurvado...", Esopo foi assim apresentado pelo monge Planudes, em um texto do século XIV, em sua obra Vida de Esopo. Como quer que tenha sido a aparência de Esopo, o fato é que ele deixou 358 fábulas, uma obra monumental, moderna, que nos fornece uma visão critica extraordinária da natureza humana e lições de moral que hoje, decorridos 26 séculos, são no mínimo de rara beleza e impressionante atualidade. Há controvérsias sobre sua morte. Segundo o historiador grego da época Alexandrina, Heráclides do Ponto, e de seu contemporâneo, o escoliasta Aristófanes (século III a.C. ), Esopo havia roubado um objeto sagrado. Diz ele que "Esopo visitando Delfos, escarneceu de seus habitantes porque não trabalhavam: viviam das oferendas feitas ao deus Apolo. Irritados, colocaram uma taça sagrada entre os pertences de Esopo que, ao sair da cidade, foi apanhado e acusado de roubar um objeto sagrado. Como era costume no caso de sacrílegos, Esopo teria sido atirado do alto de um rochedo".
Fonte Usina de LetrasHeleida Nóbrega
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