Passando pela marginal num dia de muito trânsito, vindo do aeroporto para casa no banco de trás de um taxi, observei que nas margens sujas e poluídas das águas, também, sujas e poluídas nascem, crescem e sobrevivem várias espécies de arbustos com flores lindíssimas.
Por não estar dirigindo, a cada kilômetro andado, notei que existiam flores e mais flores de todas as cores e formatos.
Um tanto indignada com tanta poluição e com o atraso em que se encontra o saneamento básico de uma cidade como São Paulo e de um país que sediará a copa do mundo, comparei o Rio Pinheiros com o Tâmisa.
Porém, aprendi uma lição simples, mas muito profunda. Ao deixar de observar as águas sujas e as margens carregadas de entulho e ao passar a dar mais importância aos arbustos e flores tão diversas, criações divinas e realçadas pelo amor do Pai, comparei o rio com minha vida.
Ainda bem que Deus possui "olhos" bons e que não enxerga a sujeira e muito menos inala o mau-cheiro de nossos pecados e de nossas vidas corrompidas. Ele enxerga o nosso coração e jamais dá atenção ao nosso pedigree denominacional religioso, seja ele católico, batista, presbiteriano, metodista e demais, considerados "sangue azuis" espirituais.
Criada, como fui, sem princípios cristãos de berço, Deus me enxergou, como enxerga todos os demais que se arvoram descendência especial e considerou somente as flores e o perfume que elas exalam, mesmo que nascidas no meio do esgoto.
Não fez diferença pra Ele o meu pedigree, mas considerou minha busca pela verdade, minha ânsia pelo perdão e minha vergonha de ser escória espiritual.
Perdoou o meu passado da mesma maneira que perdoou o passado dos "sangue azuis"espirituais que acham que são mais santos por terem nascido e por terem sido criados em lares ditos evangélicos, valorizando mais as obras humanas do que o sacrifício de Cristo na cruz.
Sofri e tenho sofrido,ainda, certo preconceito dentro da instituição religiosa que me levou a amar a Deus e a crer no Filho.
Penso que Deus não joga fora a nossa história que nos acompanha e que nos moldou a personalidade e a nossa identidade. Ele a santifica e a aperfeiçoa, justamente pelo fato de enxergar só o bem e o belo que brota da lama contaminada pelos poluentes culturais e humanistas e pela tendência pecaminosa da nossa carne.
A bondade de Deus nos alcança e não depende do nosso pedigree, pois se assim fora, nossos filhos criados em "berço evangélico" já nasceriam santos e incontaminados: perfeitos, acabados, uma raça pura que não necessitaria do perdão de Deus e que jamais reconheceria ou entenderia o sacrifício do Filho de Deus que nasceu numa manjedoura, envolto em trapos e rodeado de animais, que morreu desnudo, pendurado no madeiro.
Muito me entristece, descobrir que o homem, sendo pó, valorize o pedigree, desconsiderando o que Deus considera e considerando o que Deus não considera.
Enxerga só o rio poluído e as margens cheias de lixo. Desconsidera as flores e seu perfume...
Quanto preconceito!
Por não estar dirigindo, a cada kilômetro andado, notei que existiam flores e mais flores de todas as cores e formatos.
Um tanto indignada com tanta poluição e com o atraso em que se encontra o saneamento básico de uma cidade como São Paulo e de um país que sediará a copa do mundo, comparei o Rio Pinheiros com o Tâmisa.
Porém, aprendi uma lição simples, mas muito profunda. Ao deixar de observar as águas sujas e as margens carregadas de entulho e ao passar a dar mais importância aos arbustos e flores tão diversas, criações divinas e realçadas pelo amor do Pai, comparei o rio com minha vida.
Ainda bem que Deus possui "olhos" bons e que não enxerga a sujeira e muito menos inala o mau-cheiro de nossos pecados e de nossas vidas corrompidas. Ele enxerga o nosso coração e jamais dá atenção ao nosso pedigree denominacional religioso, seja ele católico, batista, presbiteriano, metodista e demais, considerados "sangue azuis" espirituais.
Criada, como fui, sem princípios cristãos de berço, Deus me enxergou, como enxerga todos os demais que se arvoram descendência especial e considerou somente as flores e o perfume que elas exalam, mesmo que nascidas no meio do esgoto.
Não fez diferença pra Ele o meu pedigree, mas considerou minha busca pela verdade, minha ânsia pelo perdão e minha vergonha de ser escória espiritual.
Perdoou o meu passado da mesma maneira que perdoou o passado dos "sangue azuis"espirituais que acham que são mais santos por terem nascido e por terem sido criados em lares ditos evangélicos, valorizando mais as obras humanas do que o sacrifício de Cristo na cruz.
Sofri e tenho sofrido,ainda, certo preconceito dentro da instituição religiosa que me levou a amar a Deus e a crer no Filho.
Penso que Deus não joga fora a nossa história que nos acompanha e que nos moldou a personalidade e a nossa identidade. Ele a santifica e a aperfeiçoa, justamente pelo fato de enxergar só o bem e o belo que brota da lama contaminada pelos poluentes culturais e humanistas e pela tendência pecaminosa da nossa carne.
A bondade de Deus nos alcança e não depende do nosso pedigree, pois se assim fora, nossos filhos criados em "berço evangélico" já nasceriam santos e incontaminados: perfeitos, acabados, uma raça pura que não necessitaria do perdão de Deus e que jamais reconheceria ou entenderia o sacrifício do Filho de Deus que nasceu numa manjedoura, envolto em trapos e rodeado de animais, que morreu desnudo, pendurado no madeiro.
Muito me entristece, descobrir que o homem, sendo pó, valorize o pedigree, desconsiderando o que Deus considera e considerando o que Deus não considera.
Enxerga só o rio poluído e as margens cheias de lixo. Desconsidera as flores e seu perfume...
Quanto preconceito!
Lindo texto. Quero exercitar enxergar belas flores no lugar em que convivo com outras pessoas. Que Deus torne meus olhos bons.
ResponderExcluirAbraços, com saudades.
Rosana.
Dou graças a Deus, pois não tendo "pedigree" me amou e mudou a minha vida e a história da minha família. Dou graças a Deus que através da sua vida, abençoou a minha! Gosto muito de suas reflexões... Grande beijo! Juliana
ResponderExcluirMaravilhoso demais! Amei
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