A presença do engano e o engano nunca estão muito longe de
qualquer desenvolvimento verdadeiramente espiritual.
Isso não nos deve assombrar.
As igrejas de Cristo, ao se colocarem sob a autoridade da
Escritura e do Espírito Santo, evitando qualquer uniformidade e organização
exterior, dependem exclusivamente do Senhor para o seu êxito e continuidade.
Não existe entre elas nenhum credo exterior, rígido e uniforme,
vigiado e defendido por alguma instituição humana. Pois sua persistência diante
de Deus não pode depender da sua adesão a uma ortodoxia fria e morta, mas, sim,
do contato vivo com sua Cabeça, que é
Cristo. Só esse contato pode livrá-las do engano e da deformação.
Rodrigo
Abarca- Revista Águas Vivas - 2007
Um grande problema que poderíamos enfrentar seria o de , ao fazermos parte de uma denominação, ou seja, de uma estrutura eclesiástica, sermos chamados de hereges, ao negarmos a adesão ou sermos excluídos dela, quando não nos submetermos à autoridade instituída ou ao seu regimento interno - a seus dogmas e, indo mais à superfície, as suas atividades, voltadas para manutenção e rigidez deles.
Nós seríamos os produtores do engano, jamais os enganados. Seríamos chamados de perseguidores, jamais de perseguidos. A subversão de valor dos detentores do poder, com medo de perde-lo, quase voltaria aos tempos do "Santo Ofício".
Assim, os inconformados com o sistema levariam o estigma de problema- lunáticos; claro que não seriam torturados e nem levados à praça no Auto de Fé, porém, de tão bem feita que seria a coisa e de tão escondida em reuniões de cúpula que perderíamos a credibilidade e a honra dentro da estrutura.
Logo, seria impossível dependermos, aos olhos dos poderosos, exclusivamente, do Senhor, da escritura e do Espírito Santo dentro do sistema, muito menos, fora dele.
Ainda bem que a fé é operada em nossos corações pelo Espírito Santo, jamais pelo sistema e, menos ainda, pelos poderosos. A fé verdadeira não depende da adesão à ortodoxia, contudo depende, sim, da completa sujeição a Cristo.
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